No ano em que a pandemia incentivava todos a ficarem em casa, em função da pandemia da COVID-19, representou uma enorme oportunidade para o e-commerce no Brasil. As vendas pela internet cresceram 41% para R$ 87,4 bilhões na comparação com 2019. impulsionado pelo aumento do número de pedidos e pela maior contribuição das compras por telefone celular. A informação consta do Webshoppers 43 Ebit|Nielsen & Bexs Banco.
A alta do faturamento teve como principal fator o aumento na quantidade de pedidos:194 milhões, alta de 30% sobre o ano anterior. Outro ponto que ajudou o resultado e motivou maiores compras foi o frete grátis, que representou 43% de todas as compras de 2020.
“O brasileiro mostrou estar totalmente ambientado com o ambiente de compras online. Esse processo amadureceu de maneira muito rápida por causa da pandemia. E os comerciantes souberam transformar a dificuldade em maiores ganhos oferecendo um serviço ágil, confiável e eficiente”, afirmou o head de e-commerce de Ebit|Nielsen, Marcelo Osanai.
A agilidade é também exemplificada pela importância dos celulares neste desempenho. Do total de vendas, 55,1% ocorreram através desses dispositivos, ou R$ 45,9 bilhões, alta de 79% em relação a 2019 e 176% sobre 2018. Apenas pelo toque na palma da mão foram gerados 106,6 milhões de pedidos, 56% maior que o ano anterior.
“O brasileiro ficou muito conectado durante a pandemia, com o celular ao alcance da mão. E isso facilitou muito para fazer suas compras de supermercado, roupas, artigos de casa e decoração, por exemplo”, citou Osanai.
SEGMENTOS E REGIONALIZAÇÃO
Diante da restrição da pandemia, as vendas do e-commerce ficaram ainda mais concentradas em lojas de departamento, segundo a Ebit|Nielsen. Esse segmento sozinho contribuiu com 84,3% do faturamento total, seguido bem atrás por artigos esportivos (+2,8%), informática (+2,4%), roupas (2,2%) e autosserviço (1,8%).
Outra curiosidade foi a jornada do consumidor. Sites de busca e as redes sociais são, de acordo com a Ebit|Nielsen, o principal caminho para se iniciar as compras de produtos. Para artigos de casa e decoração, por exemplo, ambos canais são o início de 55% de todas as vendas. Já para roupas e calçados, é o início de 44%, seguido por perfumaria (38%), petshop (33%) e farma (30%).
O recorte por regiões mostra um novo perfil se consolidando. Apesar de os estados do Sudeste permanecerem em primeiro na contribuição para as vendas, com 52% do valor arrecadado em vendas ou 44,1% de impulso para a alta total do e-commerce em 2020, o Nordeste dobrou o consumo no e-commerce, com 18,5% do total e 31,7% de contribuição, de acordo com a Ebit|Nielsen.
“Esse dado mostra que o ecommerce é uma realidade em todo o país, deixou de ser algo restrito. E isso pode ser atribuído às restrições da pandemia. O processo de interiorização do e-commerce se acelerou por conta da nova realidade imposta em todo o mundo”, acrescentou o head de e-commerce de Ebit|Nielsen.