O Brasil possui um dos calendários de vacinação infantil mais abrangentes e acessíveis do mundo, graças ao Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, muitos pais e mães podem se sentir assustados com a quantidade de doses e vacinas que seus filhos/as devem receber logo nos primeiros meses de vida. Afinal, por que é tão importante vacinar os pequenos?
Segundo a pediatra do Hospital Santa Isabel, Dra. Marina Delmonaco Sperandio, os bebês ainda não possuem imunidade para a maioria das doenças nos primeiros meses de vida, o que torna essencial o cumprimento do esquema vacinal completo. As vacinas evitam cerca de 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao nascer, o bebê toma as vacinas aplicadas no hospital, que são a BCG e a Hepatite B. A partir do segundo mês de vida, começa a imunização contra poliomielite, hepatites, doenças pneumocócicas (causadora das sinusites, meningites, amigdalites e pneumonias) e meningocócicas (causadora das meningites bacterianas), sarampo, rubéola, caxumba, entre outras. Ao completar 15 meses de idade, a criança estará imunizada contra essas doenças.
Apesar dos benefícios e da segurança comprovada do esquema vacinal, alguns pais ainda têm dúvidas e preocupações. No entanto, a Dra. Marina Sperandio destaca que o esquema vacinal é seguro e baseado em pesquisas e estudos. Embora possam ocorrer efeitos colaterais leves em alguns casos, a vacinação é essencial para a saúde coletiva e para alcançar a chamada “imunidade de rebanho”.
A pediatra ressalta a importância do diálogo entre pais e pediatras, para que todas as dúvidas sejam esclarecidas e as famílias se sintam seguras em relação à vacinação de seus filhos. Vacinar é um ato de proteção não apenas para a criança, mas para toda a comunidade.