O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA), a Polícia Civil e a Polícia Militar Ambiental realizaram em Blumenau, no Vale do Itajaí, a terceira fase da Operação Madeira de Lei, cujo objetivo é interceptar madeira nativa retirada de forma ilegal da área de sobreposição entre a Reserva Biológica Estadual do Sassafrás e a Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ.
A operação teve sete alvos entre serrarias, madeireiras, marcenarias e lojas de móveis. Foram vistoriados mais de 1.000 metros cúbicos de madeiras, emitidas cinco notificações para sanar possíveis irregularidades e um auto de infração, que originou uma apreensão de madeira. As ações da operação serão recorrentes na região, para combater a extração e venda ilegal de madeira nativa e garantir a conservação da Reserva Biológica do Sassafrás e da Terra Indígena.
Operação Madeira de Lei
A Operação Madeira de Lei é um esforço conjunto da Reserva Biológica Estadual do Sassafrás, Gerência de Fiscalização do IMA, Coordenadoria Ambiental de Blumenau, Polícia Civil, FUNAI, Polícia Ambiental, IBAMA e Polícia Federal, para desmantelar um esquema de venda e retirada de madeira ilegal da área de sobreposição entre Reserva Biológica Estadual do Sassafrás e a Terra Ibirama-Laklãnõ.
A primeira fase da operação focou a região de Doutor Pedrinho. Contudo, seus desdobramentos indicaram que a madeira é escoada para diferentes cidades do Vale do Itajaí.
Sobre a Reserva Sassafrás
Criada em 4 de fevereiro de 1977, a Reserva Biológica Estadual do Sassafrás tem uma área de 5.229 hectares, dividida em duas partes. A menor possui cerca de 1.361 hectares e está localizada na comunidade de Alto São João, no município de Benedito Novo. A maior possui cerca de 3.868 hectares e fica na comunidade de Alto Forcação, no município de Doutor Pedrinho.
O nome da Unidade de Conservação faz referência à espécie arbórea Ocotea odorifera, conhecida popularmente como canela-sassafrás, ou simplesmente sassafrás, pertencente à família das lauráceas. Presente em elevada abundância na região, a canela-sassafrás foi sobre-explorada a partir do início do século, XX em função da qualidade da sua madeira para a construção civil e de sua grande capacidade de produção do óleo essencial Safrol, com aplicabilidades diversas para a farmacologia, cosmetologia e medicina, fatores que resultaram na sua inclusão na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção.
Fonte: Governo de SC