Terapia Ocupacional devolve coordenação motora e independência a idosos

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Profissional destaca em quais situações e tarefas a modalidade é eficiente e os benefícios que traz para a rotina dos pacientes

A maioria dos idosos passa por mudanças físicas como redução da mobilidade, coordenação motora e força muscular. Além disso, outras dificuldades provenientes da idade, como a visão comprometida, e até mesmo mudanças sociais, como a perda do cônjuge e a alteração da condição de trabalhador para aposentado, afetam a saúde dessas pessoas. Por isso, o auxílio de um terapeuta ocupacional é fundamental para devolver a elas a independência e uma rotina mais saudável. Como explica a terapeuta ocupacional da Long Life Fisioterapia, Juliana Ramos, “o acompanhamento é essencial para o resgate e manutenção da qualidade de vida de pessoas que veem comprometida sua participação em atividades rotineiras e, até mesmo, na comunidade”.

Muitas vezes, não conseguir desempenhar uma atividade aparentemente simples, como levar um copo à boca, pode levar as pessoas a quadros de isolamento e depressão. “O terapeuta ocupacional irá auxiliar esse idoso a reassumir seu papel na família e na sociedade”, explica Juliana.

O terapeuta ocupacional avalia porque e em quais tarefas do dia a dia a pessoa apresenta dificuldades. A partir daí, inicia o tratamento, que pode envolver a reabilitação das habilidades comprometidas, ensino de novas formas de execução de tarefas e modificação do ambiente. Além disso, muitas vezes recorre à tecnologia assistiva, confeccionando adaptações, para reabilitar o indivíduo para essas atividades. Tudo com o objetivo de melhorar seu desempenho funcional e proporcionar o máximo de independência em sua rotina.

Juliana lembra que a terapia ocupacional é uma profissão da área da saúde que tem como focos principais a autonomia e a independência dos indivíduos. “Por isso, o trabalho não é importante somente às pessoas que já têm algum sentido comprometido, pois atua, por exemplo, em grupos de estimulação cognitiva para idosos proporcionando, assim, a prevenção de doenças como Parkinson e Alzheimer”, destaca.

Por isso, a terapia ocupacional é tão importante nessa fase da vida. Ela prepara o idoso para possíveis limitações, restaura e melhora a capacidade funcional e, consequentemente, auxilia na preservação da autonomia e a manter o idoso ativo e produtivo.

Abaixo, Juliana lista os benefícios da terapia ocupacional em curto, médio e longo prazo:

Em curto prazo: ajuda o idoso a desenvolver estratégias para se adaptar às mudanças comuns do processo de envelhecimento. O apoio da família é fundamental, pois alterações no ambiente e na estruturação da rotina serão realizadas. Nessa fase, há a mudança na forma de realizar determinadas atividades, adaptações de instrumentos de uso diário e do próprio ambiente para torná-lo mais seguro e confortável para a independência do idoso.

Em médio prazo: com o treino do uso de dispositivos de tecnologia assistiva e de habilidades motoras e cognitivas, o idoso estará apto a se engajar e participar mais ativamente daquelas atividades que considera significativas. Aqui, já estará atuando com mais facilidade no ambiente.

Em longo prazo: conscientizado de suas capacidades, habilidades e interesses, a expectativa é possibilitar ao idoso resgatar antigos projetos ou iniciar novos projetos de vida, redescobrindo-se como uma pessoa ativa e produtiva na sociedade.

Texto: Andressa da Silva Peixer