Na manhã desta terça-feira (3/08/21), o Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau (Sindetranscol) realizou uma coletiva de imprensa para dar mais detalhes sobre a paralisação do transporte coletivo que iniciou às 3h30 e terminou às 7h.
Segundo os dirigentes, a mobilização foi uma resposta à falta de retorno da Blumob, concessionária que venceu a licitação para o serviço em Blumenau. Por exemplo, na segunda-feira (2) os representantes da empresa não compareceram à uma reunião agendada entre ambas as partes no período da manhã.
No entanto, além de não irem ao encontro, os sindicalistas só souberam que a Blumob não viria depois que ligaram para cobrar a presença. O ato foi considerado um desrespeito à classe, que vem buscando resolver o assunto desde maio.
O único retorno foram informações falando sobre a crise em função da pandemia, mas sem uma proposta de negociação para que houvesse um acordo. O sindicato afirma que não houve aumento dos salários desde 2019 e reclamou da falta de participação da prefeitura para intermediar um acordo.
A boa notícia por enquanto, é que não estão previstas novas paralisações até amanhã (4). Mas se não houver diálogo, a partir de quinta-feira (5), elas podem acontecer novamente.
Sobre o fato de não anunciar antecipadamente as paralisações, há a preocupação em relação à oferta do transporte clandestino, colocando em risco a população. Pelo menos foi esse o principal argumento durante a coletiva.
O sindicato pede a reposição da perda salarial acumulada, baseada no INPC/IBGE, entre novembro de 2019 e junho de 2021, que é de 11,55%. A data-base firmada com a categoria é dia 1° de julho, quando o acordo já deveria estar resolvido e entrado em vigor a nova Convenção Coletiva de Trabalho para 2021/2022.