Fotos: Sindetranscol
Os trabalhadores do transporte coletivo de Blumenau, realizaram duas paralisações nesta quinta-feira (16/11/17), das 9h às 11h, e das 15h às 17h. A ação foi aprovada em assembleias realizadas no dia anterior.
O Sindetranscol informou através das redes sociais, que a paralisação serve como advertência se não houver avanços na proposta da Blumob, a categoria pode até entrar em greve por tempo indeterminado.
Até segunda-feira (20), o sindicato prometeu que os ônibus circularão normalmente. Mas não descarta novas paralisações parciais na próxima semana, inclusive em horários de pico. O anúncio oficial sempre será feito até às 18 horas do dia anterior às paralisações.
As principais reivindicações da categoria são:
- A proibição de terceirização de qualquer atividade. O Sindetranscol diz que trabalhadores terceirizados não são regidos pela mesma CCT, podendo ser contratados com salários menores, sem vale-alimentação, em piores condições de trabalho;
- Garantia da preservação dos direitos já negociados;
- Não validação de recisão contratual sem a prévia negociação com a entidade sindical;
- A não validação de rescisão contratual sem a prévia negociação com a entidade sindical;
- A garantia que a comissão de representação de empregados previstos na nova lei, caso venha a ser constituída, não poderá tratar de assuntos ajustados na CCT, o que impedirá a redução dos direitos conquistados;
- Além das cláusulas econômicas: reposição salarial de 1,83% referente à inflação do período compreendido entre 1 de Novembro de 2016 a 31 de outubro de 2017; aumento real de 3% e reajuste no vale-alimentação de R$ 700 para R$ 820.
Já a Blumob, informou através de sua assessoria de imprensa, que negociava as condições para o período 2017-2018 mantendo todos os termos do instrumento coletivo vigente, sem perdas de direitos aos trabalhadores expressos no documento. A empresa ajuizou uma ação perante a Justiça do Trabalho, para disciplinar o exercício da greve, para evitar transtornos à população.
A prefeitura informou que essa negociação tem que ser resolvida entre empresa e funcionários. Quando houve a quebra do contrato do Consórcio Siga, uma das principais razões foi garantir que não houvesse mais atrasos nos pagamentos dos trabalhadores. Dessa forma, garantia a continuidade dos serviços.
Essas paralisações e greves pareciam um pesadelo superado. Mas a população pode sofrer novamente se as negociações não chegarem a um acordo o mais breve possível.