Sete sintomas que podem indicar um transtorno emocional

 

Alterações no funcionamento da mente, do humor, do raciocínio e do comportamento afetam o desempenho e a vida de milhares de pessoas, e estão entre as três principais causas de incapacitação para o trabalho no Brasil. O país concentra o maior número de casos de depressão na América Latina (11,5 milhões) e de ansiedade no mundo (18,6 milhões), segundo informações da OMS.

Para a psicóloga Sandra Gaya, uma das idealizadoras do projeto social itinerante Annitas Pensem Fora da Caixa!, voltado ao empoderamento de alto impacto como medida de prevenção aos inúmeros transtornos, as mudanças podem não ser notadas de gradativamente.

Estar atento e observar a frequência e a intensidade dos sintomas é o mais aconselhado. Por isso, separamos 7 sintomas que podem indicar que a pessoa esteja desenvolvendo um transtorno emocional e comportamental, segundo a psicóloga Sandra Gaya, confira:

1) Isolamento social

“É normal sentir a necessidade de ficar sozinho um pouco ou preferir uma rotina caseira ao lado da família. Mas, se a pessoa tem uma rotina social e muda repentinamente, e passa a recusar convites dos amigos, a não interagir com a mesma frequência, ou se afasta das pessoas, pode não ser um bom sinal. Ter falta de ânimo para trabalhar, para estudar ou realizar atividades que sempre foram prazerosas são alguns motivos para ficar alerta”, comenta a especialista em empoderamento feminino de alto impacto, a psicóloga Sandra Gaya.

2) Baixa autoestima

A insegurança, o perfeccionismo exacerbado e a falta de cuidado pessoal perceptível indicam a baixa autoestima. Segundo a psicóloga, a pessoa não se permite errar e tem medo ou vergonha de si mesma, pois está sempre preocupada com o que vão falar sobre ela. Ou então, passa a não ter o mesmo cuidado com os cabelos e unhas, por exemplo. Outra prática comum que demonstra a baixa autoestima é o consumo em excesso de alimentos e bebida alcoólica, que podem gerar sobrepeso, bem como dependência emocional pela comida e bebida.

3) Irritabilidade

Quando a irritabilidade está relacionada a um acontecimento específico ou esporádico é normal. O alerta é para quando esse sentimento se torna algo constante e sem motivo aparente. “Deve se ter um maior cuidado quando a pessoa explode facilmente e de forma constante, se torna intolerante aos incômodos, não consegue controlar impulsos emocionais, age com agressividade e tem pensamentos destrutivos em relação aos outros ou a si mesmo. Nesse caso, ela precisa de ajuda. Pessoas com alteração de humor intensa também tendem a tomar ansiolíticos ou antidepressivos de forma desenfreada e sem prescrição médica. A automedicação mascara a origem do que de fato precisa ser combatido, fazendo com que a disfunção emocional e comportamental fique cada vez mais acentuada”, explica Sandra Gaya.

4) Esquecimento

O esquecimento repentino pode estar ligado ao estresse, à falta de vitaminas, ao alcoolismo e outros fatores como a falta de atenção ou de foco. Também pode estar relacionada à privação do sono e até a dificuldade de permanecer parado. São comportamentos que podem causar distúrbios psíquicos, segundo a especialista, e é preciso estar atento para uma rotina saudável.

5) Alterações de hábitos e do humor

A ausência de apetite, a falta de vontade de comer e a diminuição de atividades físicas são sinais de alerta. “As pessoas necessitam de atividades de lazer como leitura, cinema e atividade física além de alimentos saudáveis. Quem entra ‘numa rotina de chatice ou de trabalho’ sem trégua pode ficar doente, além de alterações de humor como estresse, euforia e tristeza profunda. É preciso viver em equilíbrio”, destaca a psicóloga.

6) Sintomas físicos

“As pessoas com depressão possuem baixa tolerância à dor pela diminuição da produção de neurotransmissores”, indica Sandra Gaya. Além disso, o sentimento de frustração, medo ou insegurança pode gerar problemas físicos, como é o caso de alergias, gastrite, úlcera, cefaleia, prisão de ventre, suor, taquicardia e enxaqueca. Como bem lembra a especialista, a mente e o corpo formam um sistema único.

7) Baixo desempenho

“Se a pessoa está pra baixo, de corpo presente e mente distante, nada a satisfaz e vê tudo negro ao redor é necessária ajuda médica emergencial. É impossível não ver os sinais, nesse caso. O suicídio, infelizmente uma das consequências da depressão, pode acontecer e ser motivado por uma crise existencial, quando a pessoa perde o objetivo de vida”, explica a psicóloga.

Se você identificou mais de cinco sintomas e, alguns deles têm prejudicado o seu desempenho profissional ou interação com os amigos e a família, fique alerta! O mais indicado é procurar a ajuda de um profissional da área da saúde o quanto antes.

 

Psicóloga Sandra Gaya

 

Projeto social previne transtornos emocionais

No Brasil, o projeto social Annitas Pensem Fora da Caixa!, em homenagem à heroína Anita Garibaldi, foi lançado em abril deste ano, primeiramente em Santa Catarina, a servidoras públicas. É voltado ao empoderamento de alto impacto, método inovador na América Latina, e tem como intuito prevenir os altos índices de transtornos emocionais. “Entendemos empoderamento como a capacidade de um indivíduo provocar as mudanças necessárias para evoluir, se fortalecer e se sentir capaz. Para chegar a esse resultado, o método foi desenvolvido ao longo de cinco anos de estudo e pesquisas em diferentes áreas do conhecimento para trabalhar de forma prática as emoções das participantes”, explica a psicóloga Sandra Gaya, uma das idealizadoras do projeto social.

Annitas Pensem Fora da Caixa! utiliza atividades práticas, cientificamente fundamentadas, como análise comportamental cognitiva, neurociência, física quântica e psicologia positiva. Foi desenvolvido pelo Instituto Educação Sem fronteiras (IesfBrasil), que é uma organização do terceiro setor, inicialmente, direcionado às mulheres com transformação de alto impacto para os setores público e privado.

Saiba mais: http://annitaspensemforadacaixa.org