Semana Mundial do Aleitamento Materno: mitos e verdades relacionados ao tema

 

Por Sabrina Hoffmann

Indicado pela Organização Mundial da Saúde como alimento exclusivo até os seis meses, o leite materno é rico em nutrientes que ajudam no crescimento, desenvolvimento e saúde das crianças. É recomendado até dois anos ou mais, porém todos os benefícios não excluem os desafios que fazem parte da amamentação. E na Semana Mundial do Aleitamento Materno, que vai de 1º a 7 de agosto, a enfermeira da Total Saúde, Marise de Souza, destaca mitos e verdades mais recorrentes envolvendo o tema.

“É evidente a importância que a amamentação tem tanto para os bebês quanto as mães. No entanto isso não significa que é um processo fácil e talvez esse seja o primeiro mito relacionado ao assunto. É fundamental salientar que a mulher deve ter o apoio da família durante essa fase e também de profissionais como médicos e enfermeiros para tirar dúvidas e facilitar a rotina”, afirma a profissional.

Mitos mais comuns

Leite fraco, amamentação a cada duas ou três horas, proibição de certo alimentos, interferência do tipo de parto na amamentação. De acordo com Marise, essas crenças ainda estão presentes no dia a dia de diversas mulheres e acabam prejudicando essa fase. “Muitas vezes o que falta é informação ou acompanhamento para que o processo fique mais fácil. O medo e a dúvida interferem no dia a dia a ponto de, muitas vezes, interromper a amamentação. Não existe leite fraco, por exemplo. E recomenda-se que a mãe se alimente bem. Restrição de alguma comida acontece apenas em casos específicos e uma cesárea reduz a quantidade de leite produzido”, comenta.

Verdades que devem ser destacadas

A profissional salienta que, mesmo sendo um processo desafiador, amamentar é muito importante para a saúde da criança. “A indicação é que se ofereça o peito em livre demanda, sempre que o bebê der sinais de fome. Quanto mais ele mama, mais estimula a produção de leite. Caso a mãe volte a trabalhar após quatro meses, pode optar por congelar o leite materno e continuar oferecendo ao filho. O líquido pode ser armazenado no refrigerador por até 15 dias sem que perca suas funções nutricionais. Mães que tenham produção além do necessário têm a opção de doar, basta procurar o banco de leite da sua cidade”, diz.

Quando procurar ajuda

Segundo a enfermeira, além do acompanhamento mensal com pediatra, tirar dúvidas com o obstetra e procurar o auxílio de uma equipe de enfermagem é importante. “Essa rede de apoio vai ajudar até mesmo em questões práticas como o posicionamento da criança no colo para a pega correta da mama, dicas para melhoria no processo e monitoramento da saúde da mãe e do bebê. Uma consulta para alinhar estas questões acaba se tornando um divisor de águas essencial”, finaliza.