Nas últimas semanas, a Secretaria Municipal de Promoção da Saúde (Semus) detectou um aumento expressivo de casos registrados de conjuntivite. Desde o início de março, os Ambulatórios Gerais de Blumenau atenderam 454 ocorrências de inflamação da conjuntiva ocular. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, no período foram notificados sete surtos, dos quais seis na região Sul da cidade.
Diante da situação, as unidades da rede municipal de saúde estão sendo orientadas a adotar medidas de prevenção e conscientização junto aos pacientes, com o objetivo de controlar a transmissão da doença. Cidadãos que perceberem sintomas como olhos avermelhados, sensação de desconforto ocular, inchaço do olho ou da pálpebra, lacrimejamento, sensibilidade à luz e visão borrada, devem procurar imediatamente a sua unidade de referência para diagnóstico e tratamento.
O tempo da conjuntivite varia em média de sete a dez dias. Durante o período, o paciente é instruído a utilizar gaze umedecida com água filtrada, mineral ou soro fisiológico para limpar as “casquinhas” que se formam em volta do olho, além de compressas frias. Dependendo do caso, pode existir a necessidade de uso de antibiótico ou antiviral.
A fim de evitar o contágio, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica estadual orienta os indivíduos com conjuntivite a adotarem alguns cuidados, entre os quais lavar com frequência o rosto e as mãos, não coçar os olhos, evitar aglomerações, piscinas de academias ou clubes e praias, não compartilhar objetos (canetas, produtos de beleza, lenços, entre outros), aumentar a frequência de troca das toalhas do banheiro e sabonete, não ficar em ambientes onde há bebês, não usar lentes de contato e evitar banhos de sol e luz.
Sobre a conjuntivite
Trata-se de uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a porção anterior da esclera e a face interna das pálpebras. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa por meio de contato com secreções ou objetos contaminados. Dissemina-se rapidamente em ambientes fechados, como escolas, creches, escritórios e fábricas.
Por Felipe Elias [PMB]