Se acatarmos o grito da oposição, o Brasil entrará em colapso absoluto”, diz Dalirio sobre PEC do teto dos gastos

Senador Dalírio Beber

Senador Dalírio Beber

 

Por Letícia Schlindwein

Defendida pelo governo como um dos principais mecanismos para reequilibrar as contas públicas, a PEC 55, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, tramita pelo Senado Federal e está a poucos dias de enfrentar uma primeira votação no plenário da Casa.

A matéria estabelece que os gastos da União só poderão crescer de acordo com a inflação do ano anterior, sob pena de sanção aos poderes que não respeitarem o teto. Para as áreas de saúde e educação, a regra só passará a valer em 2018.

Apesar de votação satisfatória na Câmara, opositores ainda reagem à proposição, e alegam que o texto fere áreas sociais essenciais. Para o senador Dalirio Beber (PSDB-SC) o cenário de terror criado pelos contrários à PEC é um “mito”, já que a proposta é necessária para manter o funcionamento desses setores no futuro.

“Nós estamos hoje vivendo uma consequência de políticas equivocadas implementadas exatamente por esses que hoje vociferam contra as medidas que estão sendo propostas para fazermos o saneamento da economia brasileira. Se formos hoje acatar o grito destes que criam um cenário do terror em relação à saúde e educação, com certeza, daqui a um ano, nós não teremos mais nada. O Brasil entrará em um colapso absoluto”, afirmou o tucano.

O senador também explica que, de acordo com a proposta, o teto fixo é previsto por nove anos, podendo ser revisado após esse prazo. Com isso, os governos que assumirem nos anos seguintes podem retomar investimentos maiores caso seja verificada a recuperação da economia.

“No momento em que nós conseguirmos fazer com que haja essa retomada do crescimento, nós vamos ter um crescimento da arrecadação. E aí, com certeza, o governante do momento, sabendo que há folga no orçamento, jamais vai permitir que questões na área social sejam relegadas a um plano inferior”.

A votação da matéria está prevista para começar no dia 29 de novembro. O segundo turno deve ocorrer dia 13 de dezembro. A PEC precisa do apoio de três quintos dos senadores nas duas votações para ir à sanção presidencial.