O projeto “Sistema Integrado de Monitoramento e Modelagem Numérica Climatológica e Ambiental para o Estado de Santa Catarina”, proposto pelo mestrado profissional em Clima e Meio Ambiente do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), garantiu R$ 2,5 milhões através do Edital de Chamada Pública 15/2023 Multilab da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Esses recursos viabilizarão a instalação de quatro estações meteorológicas e de monitoramento da qualidade do ar, além da aquisição de um supercomputador para previsões climáticas mais precisas. As estações serão instaladas nos câmpus do IFSC em Florianópolis, Joinville, Criciúma e Chapecó, após a definição final das localizações em reuniões com os câmpus.
De acordo com o coordenador do curso, professor Mário Quadro, as cidades foram escolhidas por sua alta densidade populacional, que demanda monitoramento ambiental mais preciso. As estações, atualmente em processo de importação, deverão entrar em funcionamento até o final de 2024.
Além das estações de monitoramento, o projeto contempla a compra de um computador de alta performance com 800 processadores, cuja chegada está prevista para o primeiro semestre de 2025. Este equipamento permitirá maior rapidez na execução de previsões numéricas de tempo e clima, proporcionando uma melhor elaboração de modelos matemáticos voltados ao acompanhamento e previsão ambiental em Santa Catarina.
Santa Catarina tem sido palco frequente de eventos meteorológicos extremos, como enchentes e ciclones, que provocam danos socioeconômicos e perdas humanas. “Com as novas estações e o supercomputador, o estado estará mais bem preparado para prever e mitigar os impactos desses eventos, contribuindo diretamente para a qualidade de vida da população”, destacou o professor.
O projeto foi elaborado em 2023 e está em fase de implantação. Segundo o professor Mário, ainda que o estado não tenha enfrentado eventos graves de poluição por queimadas até então, o cenário de mudanças climáticas exige que Santa Catarina esteja atualizada com as novas tecnologias para o monitoramento ambiental. “Vivemos um novo normal das mudanças climáticas, e é crucial mantermos a capacidade de prever e lidar com esses fenômenos”, concluiu.