Por Gabriel Silva
Médicos cardiologistas do Hospital Santa Isabel realizaram quatro procedimentos inéditos no Serviço de Hemodinâmica da instituição. Os pacientes foram submetidos ao método de imagem Ultrassom Intracoronário, que auxilia o cardiologista intervencionista tanto no diagnóstico quanto no tratamento das lesões das artérias coronárias. Os procedimentos aconteceram dia 17 de abril.
O exame pode revelar doenças angiográficas silenciosas, avaliar lesões ambíguas e a gravidade da estenose. O IVUS não aumenta o tempo de internação hospitalar, pois é um procedimento complementar ao cateterismo ou angioplastia. Esse método de imagem complementa a angioplastia coronária, otimizando a colocação do stent coronário e reduzindo as chances de trombose (formação de coágulo) ou reestenose (reentupimento ao longo do tempo).
O stent coronariano é um tubo feito de metal para aplicações médicas, que auxilia na redução da obstrução recorrente ou estreitamento da artéria após um procedimento de angioplastia. Uma vez implantado, ele é permanente.
O Ultrasssom Intracoronaria é realizado por meio de um pequeno transdutor inserido na ponta de um cateter, que permite visualizar a imagem intra-arterial em três dimensões, semelhante à visão real. Antes de colocar o stent, é possível ter medidas mais precisas do diâmetro do vaso e o comprimento da lesão, que são dadas pelas imagens angiográficas (cateterismo).
Além disso, vai permitir ao médico verificar a consistência da placa de gordura e quais características da parede da artéria estudada. Após a colocação, o cateter de ultrassom é inserido novamente para verificar se o stent foi bem expandido contra a parede interna da coronária. Esta visão final do cateter ultrassom significa que a técnica da colocação do stent foi otimizada, reduzindo as chances de trombose e reestenose.
Para Dr. Marcelo Mendes Farinazzo, chefe médico do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Santa Isabel, “o Ultrassom Intravascular será um importante aliado no tratamento percutâneo realizado atualmente. O exame funciona como uma importante ferramenta para guiar e otimizar implante dos stents, pois ele revela o diâmetro correto do vaso a ser tratado, bem como a extensão da doença coronariana, contribuindo consideravelmente para a eficácia do procedimento”.
