Esclarecer sobre a situação das barragens da Bacia do Rio Itajaí e pedir investimentos no sistema de monitoramento e alerta da região. Estes foram os objetivos da reunião realizada entre os prefeitos da Associação de Municípios do Vale Europeu (Amve) e o secretário chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, David Busarello. As pautas foram tratadas durante assembleia geral realizada na sede da Associação, em Blumenau.
Na ocasião, Busarello apresentou a situação atual das barragens de Taió, Ituporanga e José Boiteux, esta última inoperante desde 2014. “Nós, prefeitos, manifestamos nossa preocupação em relação ao estado de operação das barragens, pois isso afeta diretamente nossos municípios em caso de fortes chuvas. Cobramos que, de fato, a barragem de Ituporanga tenha total funcionamento, bem como nos colocamos à disposição para auxiliar na busca por soluções e investimentos necessários para a reativação da barragem de José Boiteux”, explica o presidente da Amve, Arão Josino, prefeito de Ascurra.
Durante a reunião, o secretário reafirmou o investimento que o Estado fará na barragem de Botuverá, que colabora no sistema de contenção de cheias no Rio Itajaí-Mirim. Esta barragem fará parte do sistema de proteção contra enchentes naturais, além de permitir regularização de vazões para abastecimento urbano de água e potencial de geração de energia elétrica.
Outra notícia apresentada pela Defesa Civil do Estado é a ampliação, o fortalecimento e a operação da rede de monitoramento e alerta do Vale do Itajaí, beneficiando 53 municípios, dentre eles os 14 da Amve. Segundo Busarello, a previsão é que em oito meses sejam instalados 37 equipamentos de monitoramento. “Queremos desenvolver uma ferramenta on-line que permita o acompanhamento e a visualização dos dados em tempo real para todos os municípios da Bacia do Rio Itajaí”, afirma.
Para a operacionalização da rede de monitoramento e alerta, o Estado prevê adquirir e instalar estações fluviométricas, meteorológicas e hidrometeorológicas na Bacia do Rio Itajaí, realizações medições regulares de vazão nos principais pontos de monitoramento, implantar um sistema de telemetria de alta disponibilidade, elaborar e implantar um plano de operação com manutenções preventivas e corretivas.
Presidente da Amve, Arão Josino, reforça a necessidade de implantação de um sistema meteorológico regional e a tomada de decisão de forma conjunta. “Pregamos que o trabalho integrado e unido é imprescindível para o sucesso das ações de proteção e defesa civil. A Amve tem buscado apoio do Estado para implementação de iniciativas na região que proporcionem maior segurança no que diz respeito aos eventos naturais, de forma que a resposta à população seja rápida e a comunicação seja transparente e eficiente”, declara.
A reunião entre prefeitos da Amve e secretário chefe da Defesa Civil de Santa Catarina contou ainda com a presença dos gestores do Colegiado de Proteção e Defesa Civil da região, momento em que entregaram a David Busarello documento pedindo esclarecimentos acerca do impacto das obras do Projeto Jica na região.
Esta é a quarta assembleia geral do ano da Amve. Na pauta, estavam ainda assuntos como inovação, captação de recursos, gestão de convênios, saúde pública, infraestrutura urbana e projeto Vale Europeu em Movimento. O próximo encontro será em julho.