Santa Catarina vai expandir o uso de reconhecimento facial como ferramenta de segurança pública. Um projeto da Secretaria de Estado da Segurança Pública prevê a instalação de mil câmeras em 60 municípios com mais de 25 mil habitantes. Com investimento inicial de R$ 35 milhões, o sistema deve reforçar o monitoramento urbano e contribuir com a identificação de pessoas procuradas pela Justiça ou registradas como desaparecidas.
A proposta foi desenvolvida a partir de um estudo de viabilidade técnica realizado durante o último Carnaval, em Florianópolis. Durante a operação-piloto, cinco pessoas com mandados de prisão em aberto foram identificadas e detidas com o auxílio da tecnologia.
Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Flávio Graff, os dados captados pelas câmeras serão cruzados com o banco de informações da pasta, permitindo localizar foragidos, pessoas registradas no programa SOS Desaparecidos e até mapear cidadãos em situação de rua.
O sistema funciona de forma integrada: ao detectar o rosto de uma pessoa com restrição de circulação, ele emite um alerta à central de emergência, que aciona a guarnição policial mais próxima para abordagem. A intenção, segundo o governo, é ampliar a atuação das forças de segurança de forma mais precisa e eficiente, inclusive em ambientes escolares, aumentando a proteção de alunos, pais e servidores.
“A gente quer usar em escolas também, para levar mais segurança. Bandido andando livremente nas cidades aqui de Santa Catarina não vai ter vida fácil”, afirmou o governador Jorginho Mello, ao comentar a futura licitação para a compra dos equipamentos. Segundo ele, o Estado está em busca do que há de mais moderno em tecnologia de monitoramento, como parte dos esforços para manter Santa Catarina entre os estados mais seguros do Brasil.
O sistema não é novidade em Blumenau, afinal já foi usado nas últimas versões da Oktoberfest. Aqui muitas vias do município já contam com reconhecimento digital de placas de veículos via OCR.
