A leve chuva não impediu a reabertura do Parque São Francisco de Assis nesta manhã de sexta (21). Fechado desde a tragédia de 2008, o parque passou por reformas e hoje voltou a ser entregue aos blumenauenses. A cerimônia contou com a presença do prefeito Napoleão Bernardes, vice-prefeito Jovino Cardoso Neto, presidente da FAEMA Jean Carlos Naumann, vereadores e do ex-prefeito Félix Theiss. Foi destacada a importância do parque para Blumenau e região. Napoleão fez questão de frisar a contribuição que Félix Theiss teve para a criação deste local.
Em entrevista à nossa equipe, o prefeito Napoleão Bernardes, conta a importância do parque para a cidade.
É um momento muito especial. É algo quase sem precedentes no mundo. Um parque natural dessas proporções, com fauna e flora tão abundantes, mata nativa, mata atlântica primária, em pleno coração da cidade, é algo extraordinário. E traz ganhos também extraordinários. Primeiro no sentido de educação ambiental. Porque uma coisa é a teoria, outra coisa é vivência do meio ambiente na prática. E com essa interação saudável entre ser humano e meio ambiente, o senso de auto responsabilidade cresce muito. É um mecanismo e instrumento de preservação maravilhoso.
Por outro lado, lazer e convivência para as próprias famílias, que tem a opção de caminhada, observação e contemplação. Então é um instrumento de lazer bastante significativo. Outro ponto são as pesquisas científicas. Com toda essa diversidade ambiental, é um lugar perfeito para boas pesquisas, prospectando o desenvolvimento sócio ambiental.
A primeira missão era reabrir e entregar o parque, fechado desde 2008, novamente à comunidade. A segunda missão agora, é poder ampliá-lo, para que nos finais de semana as famílias possam curtir tudo o que o parque tem de melhor. E sem custos, já que a entrada é gratuita para toda população.” – destaca o prefeito.
O presidente da FAEMA, Jean Carlos Neumann, também conversou com nossa equipe e disse que as melhorias irão continuar. Também falou da biodiversidade que o parque possui.
“A melhoria é continuada. Temos como melhorar a infra estrutura, observando que é uma unidade de conservação e proteção integral. Ou seja, a legislação já rege o que podemos ou não fazer dentro dessa unidade, mas foco dela é a educação ambiental e o contato com o meio ambiente nativo. A vegetação que existe aqui é bem conservada, estando entre os remanescentes florestais de melhor qualidade florística e biodiversidade do estado de Santa Catarina.
Com certeza na região do vale do Itajaí, é o remanescente florestal mais estudado. Pessoas que fazem tese, dissertações, trabalhos científicos, trabalhos de conclusão de cursos. Inúmeros deles feitos aqui dentro da estrutura do parque, e oportunamente vamos disponibilizar isso também à consulta do cidadão.
Nós reformamos a sede que estava bastante depredada. Na parte externa do parque foram construídas cercas, calçadas, além de arborizada e pintada. Na estrutura interna foram desinterditadas e drenadas algumas trilhas, reformada uma ponte de metal e o deck de madeira, reconstruído um pontilhão para transpor um córrego no fundo da trilha, e construídos os portões, que foram doados ao parque. Sugestões, críticas construtivas e ajuda sempre são bem vindas. É importante que todos participem porque o parque é um patrimônio municipal, do cidadão blumenauense. E temos o dever de resguardar, proteger e cuidar.
Com uma área de 23 hectares, ela tem 170 espécies de árvores diferentes catalogadas dentro do parque, o que representa uma biodiversidade vegetal muito grande. Se andar numa floresta da América do Norte por exemplo, você encontra 4 ou 5 espécies para uma região de milhares de quilômetros quadrados. Isso é patrimônio blumenauense, patrimônio catarinense e nacional. Então é nosso dever cuidar disso, individualmente e coletivamente para o fardo ficar mais leve. Nós trabalhamos para o cidadão, e queremos também contar com a ajuda de todos.”
Lembrando que o parque está aberto de segunda à sábado das 8h às 17h. A entrada é gratuita para que todos possam desfrutar de uma bela caminhada no meio mata, ou mesmo apenas para observar e fotografar a fauna e a flora do parque.
Texto e fotos: Luciano Bernz
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