Quando sair de casa não é mais uma opção, o cuidado bate à porta

Prefeitura de Gaspar oferece atendimento odontológico domiciliar para pacientes acamados, levando alívio e dignidade a quem passa por momentos difíceis.

Foto: Prefeitura de Gaspar (SC)

Por muito tempo, a dor se tornou parte da rotina. Um dente sensível aqui, outro inflamado ali. No começo, parecia passageiro. Depois, até comer passou a ser difícil — qualquer refeição exigia esforço. Mas sair de casa para buscar ajuda nunca foi uma possibilidade. A condição de saúde, as limitações físicas, o cansaço. Para quem está acamado, até o trajeto mais curto pode parecer intransponível.

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Pensando nessas pessoas, a Secretaria de Saúde de Gaspar passou a oferecer atendimento odontológico domiciliar. É um cuidado que atravessa a porta da casa e vai até onde ele quase nunca chega: ao lado da cama. Um consultório portátil, montado ali mesmo, no quarto, transforma o que parecia distante em realidade.

A maleta que o dentista carrega traz tudo o que é necessário: equipamentos de limpeza, instrumentos para restaurações, refletores e até motor. O técnico em saúde bucal ajuda a montar cada peça, ajustando o espaço de forma cuidadosa. Em poucos minutos, aquele cômodo se transforma em um consultório funcional — pronto para oferecer alívio.

Os atendimentos acontecem nas manhãs de segunda, quarta e quinta-feira, em diferentes bairros de Gaspar. Durante as visitas, os profissionais fazem diagnósticos, realizam limpezas, profilaxias, restaurações e orientações sobre higiene bucal. Quando necessário, também prescrevem medicamentos. A frequência dos atendimentos varia conforme a necessidade de cada paciente.

“Com esse atendimento domiciliar, conseguimos alcançar quem mais precisa, levando cuidado diretamente às casas das famílias”, explica Luciana Gobbi, supervisora dos serviços odontológicos.

Para solicitar o atendimento, basta que um familiar ou cuidador procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, com documento de identificação e Cartão SUS. Um dentista da unidade irá até a residência para avaliar o caso e dar início ao atendimento. Se o quadro exigir procedimentos mais complexos, o paciente é encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do município.

Para quem vive limitado à cama e há meses não vê o alívio de um cuidado profissional, é muito mais do que uma “visita técnica”. É o reencontro com o básico. É dignidade sendo devolvida, um pouco de cada vez.


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