O verão traz a utilização muito maior de piscinas e naturalmente, um aumento na preocupação com a qualidade da água nestes locais. Seja em piscinas particulares, parques aquáticos e clubes, sempre devemos ter uma precaução quanto a qualidade da água. A água das piscinas pode transmitir uma série de doenças e problemas, se não for tratada e analisada da forma correta.
Normalmente, clubes e parques aquáticos aparentam uma água limpa e cristalina, mas nem sempre isto significa que ela esteja totalmente própria para banho e livre de bactérias ou doenças transmissíveis. Muitas vezes, os riscos da água da piscina não são visíveis. Ela pode estar cristalina e ao mesmo tempo, contaminada.
Por isso, é fundamental que seja feita a análise da água, através de um laboratório devidamente certificado, pois ela indicará as anormalidades relacionadas ao tratamento da água e principalmente, de que forma eles podem ser tratados e evitados.
“Além disso, é necessário que, além do tratamento físico da água, também seja feito o tratamento químico da mesma, fazendo com que ela atenda aos parâmetros exigidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, afirma Patrick Vailatti, diretor e químico da Laboprime, empresa especializada em amostragem e análises físicas, químicas e microbiológicas.
Análise da água de piscinas
A análise da água deve ser feita mensalmente por um laboratório especializado, mas também deve haver um controle diário da quantidade de cloro presente na água, da alcalinidade e do pH. Toda piscina de uso coletivo também precisa ter um responsável técnico habilitado que responda pelo controle da qualidade da água.
Essas análises diárias podem ser feitas pela empresa responsável pela manutenção e limpeza da piscina, com de produtos vendidos em locais especializados, sob a supervisão de um responsável técnico.
As análises oficiais precisam ser feitas por uma empresa certificada, que realizará coletas, feitas de uma forma específica, para poder realizar a análise.
“É muito importante que estas análises sejam feitas por profissionais habilitados e por um laboratório especializado, para que os resultados sejam confiáveis e tenhamos mais segurança”, ressalta Patrick.
Contaminação através da água da piscina
Existem inúmeras patologias que podem ser desencadeadas pelo contato com a água contaminada da piscina. Um erro muito comum é o de acreditar que pelo fato da água ser cristalina, não apresenta nenhum fator de contaminação.
Além dos problemas mais comuns, como micoses, diarreias e até mesmo otites (inflamação do ouvido), ainda temos doenças específicas, como giardíase (infecção do intestino), dermatites de difícil tratamento e muitas outras doenças. Inclusive há algumas doenças, como otites e dermatites, que podem levar meses e até anos para serem eliminadas totalmente.
“O mais indicado é que se frequente locais bem recomendados, que leve o controle da qualidade da água a sério, que tenha um responsável técnico habilitado, e, que exija os exames médicos de quem frequenta as piscinas, evitando possíveis contaminações”, afirma Patrick.
Cuidados necessários para evitar doenças através da água da piscina
- É importante estar com os exames dermatológicos em dia e frequentar locais seguros e apropriados.
- Em clubes, é fundamental buscar aqueles que solicitam exames médicos para a utilização da piscina. Em parques aquáticos, exija exames que comprovam a qualidade e o tratamento da água, sob a responsabilidade de um responsável técnico habilitado.
- Mesmo que você tenha piscina em casa e faça todo o processo de limpeza e filtragem, é fundamental passar por análises periódicas, para ter a certeza de que a água não está contaminada.
- A qualidade da água das piscinas é uma situação de saúde pública e portanto, deve ser vista com seriedade por todos. Não levar isso em conta e não cobrar qualidade e segurança, é colocar a sua saúde e da sua família em risco. Água de piscina precisa ser pura e livre de doenças.