Projeto de Lei garante alimentos veganos e sem glúten em eventos públicos promovidos pelo município

A proposta abrange também contratos de alimentação promovidos pela Administração Direta e Indireta, em Blumenau.

Na sessão ordinária de terça-feira (11/06/24), a Câmara de Vereadores de Blumenau (SC) aprovou em segunda votação o Projeto de Lei 8990/2024, de autoria do vereador Jovino Cardoso Neto.

A proposta estabelece que em eventos públicos e contratos de alimentação promovidos pela Administração Direta e Indireta do município, 15% dos alimentos devem ser veganos e outros 15% sem glúten. Esta medida se aplica a lanches, coffee breaks e outros itens alimentícios.

A proposta também pretende assegurar a oferta de alimentos e bebidas para pessoas com restrição alimentar nos eventos realizados pelo município de Blumenau ou que possuam concessões ou parcerias com o município. Nesse caso, são 10% para alimentos e bebidas veganas, e também 10% para os sem glúten.

Com a aprovação em segunda votação, o projeto segue para a apreciação do prefeito Mário Hildebrandt. Caso sancionado, o município será pioneiro na adoção dessas medidas inclusivas em eventos públicos, promovendo maior diversidade alimentar e atendendo a diferentes necessidades nutricionais da população.

Intolerância ao glúten

Pessoas com restrição alimentar ao glúten, como aquelas com doença celíaca, devem evitar alimentos que contenham trigo, cevada e centeio. Esta condição ocorre porque o glúten, uma proteína presente nesses grãos, desencadeia uma resposta imunológica que danifica o intestino delgado ou causa sintomas desconfortáveis.

O consumo de glúten por quem tem essa restrição pode levar a problemas digestivos, deficiências nutricionais e uma série de complicações de saúde a longo prazo.

Vegano

Ser vegano significa adotar uma dieta e um estilo de vida que excluem todos os produtos de origem animal, incluindo carne, laticínios, ovos e mel, além de evitar o uso de produtos como couro e cosméticos testados em animais. Muitas pessoas escolhem o veganismo por razões éticas, visando evitar o sofrimento animal e a exploração.

Outros optam por esse estilo de vida devido aos benefícios ambientais, como a redução da pegada de carbono, e às vantagens para a saúde, como a diminuição do risco de doenças crônicas.