PRF/SC inicia o ano otimista com dicas e alertas para evitar acidentes

Foto: Miriam Zomer/Agência AL
Foto: Miriam Zomer/Agência AL

 

Por Tatiani Magalhães, da Agência AL

Com o índice de mortes abaixo da média histórica, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou 2017 otimista em reduzir cada vez mais o número de acidentes, especialmente com vítimas fatais. Com nove mortes registradas desde o início do ano em Santa Catarina, a corporação vem realizando diversas operações focadas em fiscalização e educação no trânsito.

De acordo com o chefe de Comunicação Social da PRF/SC, Adriano Fiamoncini, o estado conta com cerca de 400 policiais rodoviários federais. Em média, 100 deles atuam por dia dentro de suas escalas na fiscalização dos 2.540 quilômetros de rodovias de Santa Catarina.

 

Foto: Luis Debiasi/Agência AL

 

Com um fluxo de 120 mil veículos por dia circulando na região da Grande Florianópolis, Fiamoncini destaca que no período de verão o número chega a 200 mil. Diante deste movimento, a PRF alerta para o aumento de congestionamentos e complicações no trânsito, dando dicas para dirigir com segurança. Fiamoncini comenta que uma das formas de evitar transtornos é acordar mais cedo para enfrentar as rodovias, especialmente em localidades de praia.

Segundo ele, o condutor nunca deve querer recuperar o tempo perdido em congestionamentos, seja durante uma viagem ou um simples deslocamento. “O excesso de velocidade, seguido da direção sob influência de álcool, são uns dos principais fatores que causam acidentes graves, aqueles com maior risco de morte para os motoristas.”

Ao fazer o alerta, ele ressalta que é muito comum nessa época do ano, com a temperatura elevada, ver as pessoas abusarem do consumo de álcool, sem a consciência de que direção e bebida alcoólica são proibidos. “Para evitar esse tipo de situação, sugerimos que os condutores tenham um planejamento antes de saírem de casa.”

Entre os alertas de segurança, Fiamoncini enfatiza que o uso do cinto de segurança, especialmente no banco traseiro, é fundamental e obrigatório. Também é necessário respeitar o limite de passageiros adequado para cada veículo. Segundo ele, 90% dos carros parados pela PFR ignoram o uso do cinto no banco de trás.

Redução de acidentes

Em relação à redução de acidentes entre 2015 e 2016, quando foram registrados 460 e 450 acidentes, respectivamente, Fiamoncini explica que alguns fatores, como o avanço no uso da tecnologia, têm contribuído diretamente no trabalho do efetivo. “Com o uso dos smartphones, o policial já consegue de imediato consultar a situação de um veículo e a habilitação do condutor. Hoje contamos com a tecnologia no que tange às consultas e à comunicação entre os policiais rodoviários. A partir desta agilidade, damos início aos boletins de ocorrência.”

O policial destaca que outras ações que colaboraram para redução de acidentes foi a “Lei dos faróis”, instituída em 8 de julho de 2016, e o reajuste do valor das multas, numa média de 66%, aplicados desde o mês de novembro. “A Lei federal 13.290 tem evitados as colisões frontais, a mais comum registrada nas rodovias. Já o reajuste tem feito as pessoas pensarem duas vezes antes de cometerem uma infração, uma vez que uma multa por embriaguez pode custar aproximadamente R$ 3 mil”, disse.

Comparativo PRF nacional

As festas de fim de ano, entre 2015 e 2016, foram um período distinto dos anteriores. No ano passado, os deslocamentos em rodovias federais em razão dos festejos começaram no dia 23 de dezembro de 2015, uma quarta-feira, situação semelhante ao período de Ano Novo, quando o dia 31 de dezembro de 2015 caiu numa quinta-feira. Já em 2016, as festas se concentraram nos finais de semana, com festejos de Natal e Ano Novo sendo comemorados na noite do sábado para domingo.

Assim, considerando os períodos que englobam os deslocamentos iniciais (23 de dezembro em ambos os anos) e os deslocamentos finais pós final de ano ( domingo 3 de janeiro, e este ano domingo 1º de janeiro), tem-se uma média diária de 25 óbitos em 2015/2016 e de 22,5 óbitos em 2016/2017, que representa uma diminuição de 10% na comparação entre as médias diárias dos dois períodos. O mesmo ocorre com acidentes graves, quando se tem uma média diária de 68,2 em 2015/2016 e 50 em 2016/2017.