A previsão do tempo para os meses de novembro, dezembro e janeiro em Santa Catarina é de temperaturas acima da média climatológica, especialmente nas regiões do Extremo Oeste, Oeste e Meio-Oeste. Segundo a Epagri/Ciram, dias consecutivos de calor, com máximas acima de 30°C, serão mais frequentes em dezembro e janeiro.
Ainda assim, a meteorologista Marilene de Lima alerta para a possibilidade de episódios isolados de frio nas áreas altas do Planalto Sul, onde as temperaturas podem chegar próximas ou até abaixo de 0°C, com risco de geada.
Em relação à chuva, Gilsânia Cruz, também meteorologista da Epagri/Ciram, aponta que o trimestre será marcado por precipitações dentro da média climatológica, porém irregulares. A chuva será associada à convecção e ao aquecimento da tarde, com acumulados que podem variar conforme a localidade.
Em algumas regiões, os totais podem superar a média, especialmente em eventos de chuva forte, acompanhados de temporais com granizo, ventania e forte atividade elétrica. No mês de novembro, a média de precipitação diminui em relação a outubro, variando de 130 a 180 mm.
Em dezembro, os acumulados de chuva variam de 150 a 190 mm na Grande Florianópolis e do Extremo Oeste ao Litoral Norte, enquanto nas demais regiões os volumes ficam entre 130 e 150 mm. Em janeiro, os volumes variam de 140 a 200 mm em todo o estado, concentrados em pancadas típicas de verão, especialmente à tarde e à noite.
Outro fator que deve influenciar o clima no período é a passagem de frentes frias pelo litoral, aliadas à atuação de sistemas de baixa pressão e dos Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM), que podem provocar chuvas mais intensas em algumas regiões, sobretudo no Extremo Oeste, Oeste e Meio-Oeste.
Durante esses meses, também é esperado que a atuação de ciclones extratropicais no litoral sul do Brasil diminua, e nevoeiros associados à nebulosidade baixa podem ocorrer, especialmente durante a noite, madrugada e amanhecer em novembro e dezembro, afetando a visibilidade.
Por fim, a Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico Equatorial, que se manteve abaixo da média climatológica em setembro de 2024, deve permanecer em estado de neutralidade ao longo do trimestre. Apesar de um leve aquecimento, a condição não será suficiente para o desenvolvimento do fenômeno La Niña.