Nesta sexta-feira (27), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), autorizou um aumento de 24,8% na conta de luz dos catarinenses, através da CELESC. Os outros 13% é o acréscimo através do sistema de bandeiras tarifárias, totalizando um aumento de 38%.
O aumento foi definido em uma reunião na tarde de hoje, na sede da Aneel em Brasília, que começou às 14h30 e terminou por volta das 17h. Foram duas audiências públicas abertas para sugestões, com o objetivo de deliberar sobre o aumento nas contas de luz em todo o país e ratificar as mudanças do sistema de bandeiras tarifárias.
As distribuidoras de eletricidade de todo o país, foram liberadas para aplicarem o novo valor nas contas do início de março. Isso no entanto não descarta outro aumento em agosto, já que neste mês é realizada uma revisão anual das contas da Celesc. Talvez seja muito menor, já que o anunciado nesta sexta não estava programado. Mas deve ter.
Bandeiras tarifárias
Ele é um sistema que indica condições favoráveis ou não para a geração de energia. Por exemplo, a bandeira verde indica condições favoráveis, não havendo acréscimo na tarifa. Na bandeira amarela, as condições de geração são menos favoráveis e, por isso, a tarifa tem acréscimo de R$ 2,50 (sem impostos) para cada 100 kWh consumidos (e suas frações), depois de um acréscimo de 66%.
A bandeira vermelha, que é o caso de Santa Catarina e a maioria das regiões do país, o acréscimo chega a R$ 5,50 (sem impostos) para cada 100 kWh consumidos. O aumento nesta última chegou a assustadores 83%, com um custo de R$ 3,00; que vigorava desde o início de 2015.
O grande vilão tem sido o alto custo para produzir energia através das usinas termoelétricas, já que usam combustível. Cerca de 80% da energia utilizada no país vem das usinas hidroelétricas, que estão com baixo volume nos reservatórios de água.
Esse aumento vai repercutir em todas áreas da economia, ajudando ainda mais na volta de uma inflação cada vez maior.