Por volta das 21h55 desta terça-feira (25/02/20) a prefeitura de Blumenau enviou uma nota se posicionando sobre a paralisação do transporte coletivo anunciada pelo sindicato que representa a categoria. Há também algumas respostas sobre informações veiculadas nas redes sociais pelo Sindetranscol em relação a prefeitura.
Confira a nota desta noite:
Considerando a informação de paralisação do transporte coletivo, comunicada pelo sindicato nesta terça-feira, dia 25, a Prefeitura de Blumenau vem a público esclarecer as providências a serem tomadas diante da situação, além de esclarecer as inverdades repassadas pelo próprio sindicato aos veículos de comunicação. São elas:
É obrigação do sindicato garantir e permitir, conforme determinação judicial, que 90% dos trabalhadores estejam trabalhando na operação de 90% das linhas e horários, garantindo o atendimento da população.
A Seterb, com base em informações da Blumob, vai monitorar a situação para reduzir ao máximo os impactos da paralisação, criando alternativas que diminuam os prejuízos para os usuários. Sempre que possível, vai atualizar as informações pelas redes sociais da Prefeitura e da Seterb, com as linhas e horários paralisados, permitindo que o usuário decida a melhor alternativa para o seu deslocamento. As informações também serão divulgadas pelo aplicativo da Blumob.
Ressalte-se que o sindicato com o anúncio de paralisações anunciadas sem especificar as linhas e horários afetados, impede, de forma irresponsável, o direito de ir e vir de mais de 100 mil pessoas que utilizam o transporte coletivo para trabalhar, estudar e se deslocar pela cidade.
Sobre a tentativa do sindicato de manipular a verdade sobre o processo de negociação e as reivindicações apresentadas:
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- Desde que iniciou o movimento, a Administração Municipal tem se reunido, notificado e cobrado da empresa concessionária uma solução do impasse para que a população não seja prejudicada com a interrupção do serviço de transporte coletivo.
- A empresa já pagou a reposição integral da inflação do período na folha salarial dos trabalhadores de novembro, de 2,55%, sendo que todos os trabalhadores do transporte recebem 1% de ganho real por ano até o 5º ano do contrato de trabalho. Ou seja, é o sindicato que de forma intransigente e radical impede um acordo para fim do impasse que penaliza a população e os trabalhadores. Ressalte-se que a ampla maioria das categorias de trabalhadores brasileiros tem recebido somente a reposição da inflação.
- Atender o pedido do sindicato, de aumento real de 5%, acarretaria em um reajuste de R$ 0,13 no valor da tarifa, com a conta sendo paga pelos usuários do transporte coletivo. Considerando o deslocamento de ida e volta dos usuários, isso significa um aumento diário na despesa com transporte de R$ 26 centavos.
- Ao defender catraca livre, o sindicato está fazendo demagogia com o bolso dos trabalhadores e usuários do transporte coletivo, que terão de pagar a conta dos prejuízos causados ao sistema por meio de compensação na próxima revisão tarifária. Ou o sindicato vai cobrir os elevados custos gerados ao sistema pela catraca livre, abrangendo combustível, despesas com pessoal, manutenção de veículos, entre outros?
- Por fim, motoristas e cobradores têm recebido seus salários e seus direitos em dia desde o início da nova concessão, com reajustes referentes à inflação incorporados à folha de pagamento todos os anos, além do ganho real de 1%.
- Em resumo, o sindicato usa de meias verdades ou aposta na desinformação da população, usando os trabalhadores do transporte coletivo como massa de manobra para alcançar seus objetivos, que colocam em risco o sistema de transporte coletivo de Blumenau. De forma irresponsável o sindicato aposta no cenário do quanto pior melhor, esquecendo tudo o que aconteceu há poucos anos e que resultou no colapso do sistema de transporte coletivo, com graves prejuízos para todos os trabalhadores, usuários, empresas e a economia de Blumenau.
EM RESUMO, CUMPRIDA A DETERMINAÇÃO JUDICIAL PELO SINDICATO, 90% DO TRANSPORTE COLETIVO DEVERÁ FUNCIONAR.