Um exemplar raro de uma água-viva da espécie Lychnorhiza lucerna foi encontrada nesta quinta-feira (30/09/21) por pesquisadores do Laboratório de Ecotoxicologia (Letox) da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
Para captura, os pesquisadores utilizaram uma rede de arrasto, comum na pesca artesanal de camarão. Essas águas-vivas são chamadas pelos pescadores de “repolhão” e não são raras de encontrar, mas esse exemplar chamou atenção pelas dimensões.
Considerado o maior já registrado na comparação com dados brasileiros e argentinos, o animal tem 39 cm de diâmetro, pesa 4,6 Kg e oferece baixo perigo de queimaduras causado pelo veneno. Comum na costa entre golfo do México e Argentina, essa espécie tem grande potencial de exploração na extração de colágeno e na culinária asiática.
Ele foi capturado em uma saída de campo do projeto de Monitoramento de Águas-Vivas na costa norte de Santa Catarina, realizado pela Univali. Os pesquisadores observam as espécies, o tamanho, velocidade de crescimento e como as populações aumentam e diminuem.
Um dos focos do levantamento é prever se existirão águas-vivas com potencial de envenenamentos de banhistas durante o período de veraneio. A água-viva gigante foi encaminhada ao Laboratório de Anatomia da Univali onde passou por procedimentos que permitam a sua preservação e ser usada para futuras exposições.