Pesquisa vai identificar espécies do Parque São Francisco

Por Giovana Pietrzacka, da Furb

Apresentar uma lista das espécies ocorrentes no Parque Natural Municipal São Francisco de Assis (PNMSFA), tentando fechar ou pelo menos reduzir a lacuna de coletas desse grupo de plantas para a região e para o Estado de Santa Catarina. Este é o objetivo da pesquisa “Fechando lacunas: a flora avascular do Parque Natural Municipal São Francisco de Assis, Blumenau, SC.”

 

 

Orientada pelo professor Dr. André Luís de Gasper e conduzida pelo acadêmico Fábio Leal Viana Bones, que tem bolsa de pesquisa PIBIC FURB, a pesquisa está dividida em duas partes: uma é a coleta de novos espécimes e outra, na revisão de todas as espécies já coletadas e registradas em herbário. O local da coleta será o Parque Natural Municipal São Francisco de Assis, em Blumenau.

O Parque Natural Municipal São Francisco de Assis é uma importante área de floresta, localizada no Centro de Blumenau, e tem servido desde sua criação como local de estudos para os acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas da FURB. Sua flora e sua fauna vem sendo cada ano melhor conhecida. O Laboratório de Botânica (www.furb.br/botanica) e o Herbário (www.furb.br/herbario) já fizeram diversos estudos sobre a composição vegetal do PNMSFA, principalmente de suas samambaias e angiospermas (plantas com flores).

 

 

Agora, no que compreende as briófitas (popularmente conhecida como os musgos), pouco foi coletado e estudado. Essa situação se repete para todo o estado de Santa Catarina, que é considerado por muitos como uma lacuna de conhecimento no estudo das briófitas no Brasil. Apesar de pequenas, as briófitas formam o segundo maior grupo de plantas, e tem papel importante na conservação das encostas, decomposição de rochas, fixação de nitrogênio e indicadores de poluição, por exemplo.

Aumentando o conhecimento das espécies de briófitas, podemos estabelecer meios de divulgação de informação sobre a diversidade de briófitas brasileiras contribuindo também para a formação de taxonomistas, e reforçamos a justificativa para criação e manutenção de unidades de conservação, como o PNMSFA.

O projeto começou em agosto de 2017 e termina em agosto deste ano.