Pesquisa da Udesc monitora mídias sociais e antecipa dados da Vigilância Epidemiológica de SC

internet-dados-rede-social

 

Um grupo de pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) atua este ano em um projeto que alia o monitoramento das redes sociais com a prevenção de doenças transmissíveis – trabalho sob responsabilidade da Vigilância Epidemiológica de SC (Dive), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde.

A equipe utilizou uma ferramenta específica – o Brandviewer, desenvolvido pela empresa Adeptsys – para monitorar, durante janeiro e fevereiro, os termos dengue, chikungunya, zika,Aedes aegypti e microcefalia nas redes sociais.

Os pesquisadores então avaliaram a correlação entre os resultados obtidos e os dados oficiais fornecidos pela Vigilância Epidemiológica.

A pesquisa mobiliza dois alunos do Mestrado Acadêmico em Administração – Gisiela Hasse Klein e Pedro Guidi Neto – orientados pelo professor Rafael Tezza.

A atividade está relacionada à disciplina ministrada pelo docente no programa de pós-graduação do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), da Udesc em Florianópolis, e também à pesquisa desenvolvida pela acadêmica Gisiela Klein, visando sua dissertação de mestrado.

O trabalho dos pesquisadores também integra as atividades do Laboratório de Tecnologias de Gestão do Mestrado Profissional em Administração (Labges), grupo de pesquisa da Udesc Esag que vem intensificando estudos relacionados à “big data” – termo usado para definir bancos de dados com grande volume de informações, armazenadas de forma sistemática.

Resultados preliminares

Segundo os pesquisadores, as primeiras observações mostram que, além da forte correlação estatística entre os dados, o monitoramento também é capaz de antecipar informações – em alguns casos, as redes sociais anteciparam em até uma semana as notificações da Vigilância Epidemiológica.

“Os resultados preliminares apontam que o monitoramento de informações nas mídias sociais é uma ferramenta válida e confiável e, por isso, deve ser considerada pelo gestor público no processo de tomada de decisão”, afirma o professor Tezza.

A pesquisa segue em andamento e deverá ser publicada na íntegra em breve.

Texto: Gustavo Cabral Vaz | Fonte: Udesc Esag