Uma pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Universidade Regional de Blumenau (PPGEQ/FURB) desenvolveu uma linguiça enriquecida com farinha de pupunha, apresentando benefícios tanto para a saúde do consumidor quanto para o processamento industrial. O produto teve sua patente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e está disponível para licenciamento por meio da Agência de Inovação Tecnológica (AGIT) da FURB.
Orientada pela professora Carolina Krebs de Souza, doutora em Química e Toxicologia dos Alimentos, a pesquisa propôs a adição de farinha de pupunha à linguiça, resultando em um embutido com menor teor de gordura comparado às linguiças tradicionais. Além de ser mais saudável, a farinha de pupunha é rica em fibras, o que favorece a saúde intestinal. A consistência do produto é similar à linguiça tipo patê, com coloração mais escura, sendo a farinha quase imperceptível ao consumidor.
No aspecto industrial, a adição da farinha de pupunha reduz a perda de água durante a defumação, aumentando o rendimento final do produto sem elevar o custo de produção, já que a matéria-prima utilizada é um resíduo do agronegócio. Essa farinha é obtida da bainha da pupunha, um material que seria descartado ou utilizado para alimentação animal.
A pesquisa também contou com a colaboração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), fornecedora de resíduos agrícolas que permitiram o desenvolvimento de aplicações práticas para esses materiais. A farinha de pupunha foi utilizada em diversos testes de formulação até se chegar à consistência e sabor desejados.
A linguiça enriquecida integra a Vitrine Tecnológica da AGIT, que conta com mais de 20 produtos e tecnologias disponíveis para licenciamento. Empresas interessadas podem contatar a AGIT através do telefone (47) 3321-0605 ou do e-mail agit@furb.br para obter mais informações.