Ricardo Drubscky nem faz campanha ruim no Criciúma, mas já convive com a pressão e a ameaça de perder o cargo. Foto: Divulgação Criciúma EC
Vamos falar a verdade: dos clubes catarinenses que estão nas Séries A e B do Brasileiro, o único que tem o treinador garantido no emprego até lá é a Chapecoense. Mesmo com campanha ruim no Estadual, dificilmente Gilmar Dal Pozzo sairá antes da estreia na elite, em abril, diante do Coritiba.
Avaí, Criciúma, Figueirense e Joinville usam no Estadual tática bem conhecida: apostam em um treinador bom e barato, na esperança de que a coisa dê certo. Se isso acontecer, fica. Do contrário, pega o boné e dá o lugar para aqueles nomes de sempre. A economia de grana ao menos terá sido feita.
No momento, dois desses estão bem a perigo: Emerson Nunes no Avaí e Ricardo Drubscky no Criciúma. O primeiro, cria da casa, tem se enrolado na pressão de treinar um time que ainda procura um rumo na temporada. Dificilmente vai chegar ao fim do Catarinense no emprego, salvo se conseguir dar uma guinada daquelas.
Drubscky tem fama de treinador moderno, da nova geração. Mas o que se diz entre os boleiros é que é tão difícil entendê-lo como pronunciar seu sobrenome. O Tigre nem faz campanha ruim, deve se classificar sem maiores problemas para disputar o título. Mas a pressão é porque o torcedor (e os dirigentes também, creio eu) não enxerga a evolução do time que é obrigatória para que se chegue bem ao Brasileirão. Esse até tem chances de resistir mais tempo, mas vai conviver com a ameaça diariamente.
Por Rodrigo Braga
Publicado originalmente em blogbragarodrigo.wordpress.com