A partir desta semana você acompanha a coluna dos personagens Milto Puchasacco e Teo Krykri. Os dois blumenauenses têm duas manias: o primeiro é um puxa-saco de qualquer governo e concorda com tudo. Já para o segundo, nada está bom o suficiente, por melhor que seja, sempre acha um defeito.
Eles costumam se encontrar nos supermercados, eventos sociais da cidade, bancos ou caminhando pelo centro de Blumenau. Apesar das diferenças, tudo termina em um “deixa para lá, o que importa é a amizade”.
Nesses dias eles souberam que a prefeitura estava querendo investir R$ 1 milhão na Ponte dos Arcos e já começou a provocação. Krykri disse que isso era um absurdo, tinha tanta coisa importante que precisa de atenção da prefeitura e querem transformar o vão da ponte em uma minipraça.
Puchasacco protestou e disse que seria um espaço bem legal com bancos no vão central e iluminação. Além disso, lembrou que faz tempo que a ponte precisava receber uma boa revitalização e isso tem o seu custo. A prefeitura também quer trocar o guarda-corpo da ponte, deixando-o um pouco mais alto.
Krykri logo protestou criticou a motivação da obra: “Para dar mais segurança a quem passa pelo local? No final vai ficar “elas por elas”. Escreve o que estou te dizendo.” “É óbvio”, respondeu Puchasacco, a administração do Mário Hildebrandt olha muito por esse lado da sociedade. “E quem vai usar isso?”, perguntou o amigo. “Caro Krykri, isso é para o turista ter mais uma opção. O Greul (Marcelo), tem um projeto para transformar a Rua Itajaí em uma via turística”, protestou Puchasacco.
“Mas eles nem terminaram a Rosenplatz, e a Prainha está tão enrolada”, respondeu Krykri. “Dá uma passada na Rua Profº Jacob Ineichen para ver a buracada que tá aquele asfalto. Tem que começar e terminar uma coisa. Eu sei que tu és fã do Hildebrandt, mas tá tudo errado. Quando eu leio os comentários, sobre esses projetos no portal OBlumenauense, todo mundo pergunta sobre a sua rua e quer mais atenção aos problemas do bairro”.
“Ô Puchasacco, tu achas que turista vai andar a pé até a ponte, com tantas opções no Centro? Olha, até vou entender se derem uma mexida na estrutura, mas se o R$ 1 milhão é para deixar o local mais turístico … aí não.” continuou Kryki. “Eu acho que se o Mário quer valorizar o nosso turismo, deveria investir mais nos museus, fazer propaganda deles nas redes sociais. Mas não precisa gastar tanto dinheiro”.
“Já vi que a gente não vai se entender de novo. Vamos esperar o Mário apresentar esse projeto, porque a população ainda não foi informada de nada oficialmente. Tenho certeza que vai ficar bom”, contra argumentou Puchasacco.
“Taí outra coisa que não gosto do Hildebrandt. Quanta coisa a gente só sabe pela imprensa em vez de fazer o negócio direito e falar direto à população”, falou Krykri. Os amigos perceberam que não estavam acrescentando e decidiram mudar de assunto.
“Eu também acho que as novidades saem demais antes na imprensa. Mas o Mário é um prefeito democrático, ele vai olhar isso com mais atenção”, finalizou Puchasacco.
“Tá bom. Duvido viu? Ele anda muito puxa-saco de uns e outros” insistiu Krykri. Quando os dois olharam para o relógio se assustaram com o tempo que ficaram discutindo. “Amigo, eu realmente estou atrasado, sempre é bom conversar contigo. A gente se fala, quem sabe sem falar de poítica e tomando uma artesanal premiada. Abração”, despediu-se Puchasacco.