Operação Limpeza Geral investiga fraude em licitação do SAMAE em Blumenau

A Polícia Civil estima que a empresa vencedora obteve um lucro ilícito médio de R$ 100 mil por mês.

Foto: Michele Lamin

A Polícia Civil, por meio da 4ª Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (DECOR), deflagrou a Operação Limpeza Geral depois que foram apuradas fraudes em licitação e desvio de verbas,  prejudicando o SAMAE de Blumenau. Em março de 2021, a autarquia organizou uma licitação para contratar uma empresa especializada em roçada e manutenção geral de áreas externas de seus imóveis.

A investigação sugere uma manipulação no caráter competitivo da licitação. Três empresas teriam obstruído a completa participação de outros concorrentes e teriam direcionado o processo a favor da vencedora. Após conquistar a licitação, essa empresa teria superfaturado os serviços, apresentando metragens que excediam até o triplo da dimensão real do imóvel. De acordo com a Polícia Civil, o caso em questão envolve o “Reservatório Araranguá” no bairro Garcia.

Segundo a Polícia Civil, a empresa teria obtido um lucro ilícito médio de R$ 100 mil mensais. Durante a ação, 5 mandados de prisão temporária foram cumpridos, assim como 22 mandados de busca e apreensão domiciliar. Veículos e propriedades foram confiscados, totalizando o valor de R$ 1,5 milhão. O judiciário determinou o afastamento cautelar de três servidores, incluindo o diretor-presidente do SAMAE.

Colaboraram na Operação unidades da Divisão Estadual de Investigação Criminal – DEIC, da Coordenadoria das Delegacias de Combate à Corrupção – CECOR/DEIC, além da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil. Aproximadamente 70 agentes, contando também com membros de outras delegacias da região, participaram da ação.

Acompanhe a coletiva de imprensa da Polícia Civil realizada por volta das 11h desta terça-feira (5/09) em Blumenau.