Nesta sexta-feira (18/12/20), 75 bombeiros militares e voluntários, iniciaram o segundo dia de buscas por desaparecidos. A maior parte, 40 deles, concentram os trabalhos no bairro Revólver, a localidade mais afetada pela enxurrada em Presidente Getúlio (SC). Os outros estão verificando acessos, procurando por pessoas isoladas e verificando a necessidade de suprimentos.
No boletim da Defesa Civil de Santa Catarina, emitido nesta manhã, as enxurradas no Alto Vale do Itajaí causaram 13 mortes, uma em Ibirama e outra em Rio do Sul. As outras vítimas fatais estavam em Presidente Getúlio, onde sete pessoas continuam desaparecidas. Outras duas estão sendo procuradas pelas equipes de buscas em Rio do Sul.
Cerca de cinco mil itens de assistência humanitária da Defesa Civil de Santa Catarina estão sendo distribuídos na região. Além disso, abrigos permanecem abertos nas três cidades atingidas. Segundo o último boletim, são 199 pessoas desabrigadas e 284 desalojadas.
A chuva que assolou o Alto Vale do Itajaí chegou a um total 125 mm entre a tarde de quarta-feira (16) e quinta (17). Mas na escuridão da madrugada, que torrenciais 120 mm em seis horas realmente causaram os estragos. O volume de água invadiu e destruiu residências, a forte correnteza levou moradores e carros, causando uma grande destruição.
Quem viveu o pesadelo fala em um cenário de guerra. Equipes da Defesa Civil Estadual, Instituto Geral de Perícias, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar e Voluntários de várias cidades se deslocaram para ajudar nos trabalhos.
Segundo a Defesa Civil estadual, até o momento, 14 municípios relataram ocorrências mais significativas em função das fortes chuvas: Presidente Getúlio, Rio do Sul, Aurora, Apiúna, Ascurra, Santa Amaro da Imperatriz, Palhoça, Ibirama, Santa Rosa do Sul, Siderópolis, Urussanga, Lontras, Balneário Camboriú e Rancho Queimado.
“Estamos prestando todo apoio necessário para os municípios e as famílias atingidas pelas enxurradas”, comentou o chefe da DCSC, coronel Aldo Baptista Neto, que permanece na região coordenando as ações. Segundo ele, a prioridade no primeiro momento foi retirar as famílias das áreas de risco e fornecer a assistência humanitária, em paralelo as buscas pelos desaparecidos seguem em ritmo acelerado.
O secretário nacional da Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, já está em Santa Catarina e participou de reuniões do Grupo de Ações Coordenadas que está sediado no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres de Rio do Sul (CIGERD).