Operação Artemis: GAECO prende suspeito de armazenar pornografia infantojuvenil em Blumenau

Ação nesta quarta-feira (16/04) mira combate ao compartilhamento e consumo de material ilegal; investigado foi detido com conteúdo explícito durante cumprimento de mandados.

Foto: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

Blumenau amanheceu com movimentação policial nesta quarta-feira (16/04/2025). O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), através da sua divisão especializada em crimes virtuais, o CyberGAECO, deflagrou a Operação “Artemis”.

A iniciativa, que conta com o apoio da 10ª Promotoria de Justiça da cidade, tem um objetivo claro: combater o consumo e o compartilhamento de pornografia infantojuvenil, uma prática que alimenta um ciclo cruel de abusos contra crianças e adolescentes, além de garantir os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Durante a operação, os agentes do GAECO cumpriram três mandados de busca e apreensão e um de afastamento de sigilo de dados telefônicos e telemáticos. E não demorou para que as suspeitas se confirmassem: em um dos locais, foi encontrado material de abuso sexual infantojuvenil armazenado.

Isso levou à prisão em flagrante do investigado, corroborando as informações levantadas previamente pela investigação. Todas as ordens judiciais foram solicitadas pela 10ª Promotoria de Justiça, com base em um relatório do CyberGAECO, e expedidas pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Blumenau.

Para garantir que todas as provas digitais fossem coletadas e manuseadas corretamente, preservando a chamada cadeia de custódia, a operação contou com o apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina.

Foto: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

Colaboração foi chave

Essa investigação não foi um esforço isolado. Informações importantes vieram da Polícia Federal, especificamente da Coordenação de Repressão a Crimes Cibernéticos relacionados a abuso sexual infantil (CCASI/CGCIBER/DCIBER/PF). Essa parceria mostra como a cooperação e a troca de dados entre diferentes órgãos são fundamentais para enfrentar crimes graves como o armazenamento e compartilhamento de material de abuso infantojuvenil.

O submundo virtual e o perfil do crime

A internet, infelizmente, também se tornou palco para atividades criminosas, como o consumo e a troca de pornografia envolvendo menores. Quem pratica esses atos, muitas vezes ligados à pedofilia e crimes contra a dignidade sexual, demonstra interesse sexual por adolescentes e até crianças bem pequenas. Isso exige uma atuação firme das autoridades, sempre com foco na proteção das vítimas. A gravidade desses crimes e o perigo que representam pedem medidas repressivas duras.

 

Foto: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

Por que “Artemis”?

O nome da operação não foi escolhido por acaso. Artemis, na mitologia grega, era a deusa da caça, da natureza, da castidade e, significativamente, protetora das mulheres, crianças e dos nascimentos. Uma figura de proteção, alinhada ao objetivo da ação.

Quem são GAECO e CyberGAECO?

Para quem não conhece, o GAECO é uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), reunindo Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar. Seu foco é identificar, prevenir e reprimir organizações criminosas. O CyberGAECO é um braço especializado dentro do GAECO, voltado especificamente para crimes cometidos no ambiente virtual.

Investigação continua

O Ministério Público de Santa Catarina reforça seu compromisso na defesa da sociedade contra essas ameaças, que muitas vezes se escondem no suposto anonimato da internet. Por enquanto, as investigações correm em sigilo. Assim que o processo se tornar público, novas informações sobre o caso poderão ser divulgadas. As informações são da Coordenadoria de Comunicação Social do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).