Nesta segunda-feira (19/08/24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um novo alerta global devido ao aumento dos casos de mpox, especialmente em países africanos, onde uma nova variante do vírus, denominada clado Ib, tem causado infecções mais graves.
Apesar do alerta, Santa Catarina mantém os casos da doença estáveis, com 10 ocorrências confirmadas em 2024, distribuídas em três municípios: Florianópolis, Joinville e Balneário Camboriú. O último caso foi registrado em 16 de maio deste ano, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE).
Desde o primeiro registro de mpox em 2022, o estado contabilizou 439 casos da doença, espalhados por 33 municípios, com um óbito registrado em Balneário Camboriú. Esse primeiro ano foi marcado por um aumento rápido de casos, que demandou a implementação de um Plano de Contingência específico para a mpox.
Em 2023, o número de casos caiu significativamente para 50, distribuídos em 18 municípios, coincidindo com a declaração da OMS que encerrou a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Contudo, a vigilância permaneceu ativa, com a Secretaria de Estado da Saúde monitorando continuamente a situação epidemiológica.
João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE, destaca que a nova variante detectada na África ainda não foi encontrada nas Américas. Mesmo assim, Santa Catarina mantém uma vigilância rigorosa, pronta para responder a qualquer eventual introdução dessa nova cepa. O estado possui um plano estruturado para lidar com a a doença, incluindo o encaminhamento de amostras para sequenciamento genético no Laboratório de Saúde Pública (LACEN/SC), garantindo que qualquer nova variante seja rapidamente identificada.
Além disso, a Secretaria de Saúde do estado tem promovido campanhas de conscientização para que a população reconheça os sintomas da mpox e busque atendimento médico ao menor sinal da doença. A transmissão, que ocorre principalmente por contato direto com lesões infecciosas, torna essencial a vigilância tanto em ambientes domésticos quanto em locais públicos.
Até o dia 20 de agosto, o Brasil registrou 709 casos confirmados ou prováveis de mpox em 2024. Segundo o Ministério da Saúde, a situação está sendo monitorada de perto, e medidas preventivas estão sendo adotadas, como campanhas de vacinação e vigilância ativa em todo o território nacional. O número de casos em 2024 é significativamente menor em comparação aos mais de 10 mil casos registrados em 2022, durante o pico da doença. Desde aquele ano até agora já foram registrados 16 óbitos no país.
A MPOX, endêmica em países da África Central e Ocidental, apresenta um período de incubação que varia de 5 a 21 dias, com sintomas como febre, dores musculares e erupção cutânea. A transmissão ocorre principalmente através de contato físico próximo ou direto com lesões infecciosas. A população é orientada a ficar atenta aos sintomas e buscar atendimento médico em caso de suspeita.
O que é a MPOX?
A MPOX é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com:
- Pessoa infectada pelo mpox vírus;
- Materiais contaminados com o vírus;
- Animais silvestres (roedores) infectados.
Os sinais e sintomas, em geral, incluem:
- Erupções cutâneas ou lesões de pele;
- Adenomegalia – Linfonodos inchados (ínguas);
- Febre;
- Dores no corpo;
- Dor de cabeça;
- Calafrio;
- Fraqueza.