Na tarde de terça-feira (30/11/21), a Prefeitura de Blumenau foi informada por meio da Nota de Alerta nº 17/2021, emitida pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVE) sobre a nova variante do vírus SARS-CoV-2, denominada Ômicron. A nota traz informações sobre o primeiro caso confirmado na província de Gauteng, África do Sul e esclarece que não há casos confirmados em Santa Catarina.
O poder público destaca a importância da população completar o esquema de vacinação com duas doses realizadas dentro do intervalo correto ou com a dose única, e com a dose de reforço, assim que a vacina estiver disponível para o grupo etário.
A Prefeitura reforça a importância das pessoas usarem máscara, principalmente em ambientes de uso coletivo. Manter sempre os ambientes bem ventilados, incluindo no transporte público, mantendo as janelas e portas abertas sempre que possível para uma maior circulação de ar. O município destaca a importância de evitar locais em que possa haver aglomeração de pessoas.
Seguindo as recomendações da DIVE, as equipes de saúde do município estão sendo orientadas a avaliarem as seguintes situações: casos suspeitos de reinfecção; casos graves ou óbitos em pacientes sem comorbidades; óbitos em gestantes; casos suspeitos de falhas vacinais (casos graves e óbitos de indivíduos com o esquema vacinal completo); casos e contatos que viajaram para locais com circulação de nova variante; e amostragem de casos relacionados a surtos.
Assim que a Prefeitura de Blumenau tiver mais informações sobre a nova variante, a população será comunicada por meio dos canais oficiais como site e redes sociais, assim como pela imprensa local.
Medidas Gerais de Precaução divulgadas pela DIVE
Gravidade da doença: ainda não está claro se a infecção com a variante Ômicron causa doença mais grave em comparação com infecções com outras variantes. Dados preliminares sugerem que há taxas crescentes de hospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número geral de pessoas que estão se infectando e não devido a uma infecção específica com Ômicron. Atualmente, não há informações que sugiram que os sintomas associados ao Ômicron sejam diferentes daqueles de outras variantes.
Transmissibilidade: ainda não está claro se a variante Ômicron é mais transmissível em comparação com outras variantes. O número de pessoas com teste positivo aumentou em áreas da África do Sul afetadas por esta variante, mas estudos epidemiológicos estão em andamento para entender se é por causa desta nova variante ou por outros fatores.
Reinfecção: evidências preliminares sugerem que pode haver um risco aumentado de reinfecção com a variante Ômicron (ou seja, pessoas que já tiveram Covid-19 podem ser reinfectadas mais facilmente com esta variante), em comparação com outras VOCs, mas as informações são limitadas. Mais informações sobre isso estarão disponíveis nos próximos dias e semanas.
Eficácia dos testes laboratoriais: os testes de RT-PCR continuam a detectar a infecção, incluindo a infecção com a variante Ômicron. Estudos estão em andamento para determinar se há algum impacto em outros tipos de testes, incluindo detecção rápida de antígenos.
Por João Vitor Korc, da SECOM/BNU