Fotos: Luciano Bernz
Na cerimônia de entrega do Dique da Fortaleza, que ocorreu na manhã deste sábado (13), nossa equipe conversou com o chefe da Defesa Civil de Blumenau, Telmo Gonçalves Duarte, que estava satisfeito por mais esta conquista. Mas tiramos algumas dúvidas, como a possibilidade de acontecer um novo problema ou até a forma com que ele funcionará, já que é automatizado. Confira a entrevista:
OBlumenauense: Quase duas décadas, mas finalmente o Dique da Fortaleza é entregue. Qual é a sensação em vencer mais um etapa?
Telmo Duarte: Hoje me sinto feliz por fazer parte desta história. Ao mesmo tempo me sinto triste, por essa espera tão longa da comunidade, que sofreu com várias enxurradas e várias enchentes em função disso.
O dique vai trazer segurança, tanto em enchentes como enxurradas. No caso de enxurrada, as bombas são acionadas fazendo com que o ribeirão tenha uma vazão maior, não deixando a água represar. Já em uma enchente, as comportas são fechadas e a água que fica no ribeirão, que normalmente causaria um alagamento, são jogadas para o rio por esse sistema de bombeamento.
OBlumenauense: A entrega foi adiada por ter acontecido um problema técnico. Qual o risco algum problema fazer o dique parar de funcionar?
Telmo Duarte: É um sistema mecânico, e como tal não está livre de defeitos. Aquela placa elétrica que apresentou defeito, deve-se ao fato de que essa comporta foi feita há muitos anos e tinha um equipamento antigo.
Nós temos uma empresa contratada que faz todo o planejamento de atendimento corretivo e preventivo em todas as estações de bombeamento em Blumenau, o que dificulta surgir um problema. Mas, como eu disse, por um sistema mecânico, não estamos livres disso.
OBlumenauense: O dique funciona automaticamente ou necessita de uma pessoa para operá-lo?
Telmo Duarte: O sistema é totalmente automatizado. Com 7,5m ele aciona a primeira bomba e com 8m a segunda. A Defesa Civil tem como responsabilidade, de que a partir do momento em que se tiver uma expectativa de enchente ou enxurrada, solicitar para que uma pessoa da empresa contratada vá para o dique. Isto faz parte de um acordo firmado com eles. Porque assim, qualquer problema que possa ocorrer, como um galho que possa trancar uma comporta ou trazer alguma ineficiência para o sistema, terá uma pessoa para corrigir.