Por Larissa Link e Liliana Soraia de Andrade
A prática clínica em psicologia emprega algumas estratégias que tornam a vida mais funcional, dinâmica e integrada. Partindo do princípio que elegemos tudo o que faz parte da nossa vida, ou seja, comportamentos, sentimentos e pensamentos e, de que estes aspectos influenciam nas decisões, na postura corporal, reações, espontaneidade, etc, bem como na forma de educar as crianças.
Este artigo analisa a relação pais e filhos e aplicar tais estratégias no cotidiano do relacionamento familiar é uma possibilidade de executar a tarefa de cuidar das crianças mais apropriada.
Por exemplo, se a criança não consegue conter seus impulsos: medo, rebeldia, agressividade ou qualquer outro comportamento, os pais precisam aprender a lidar com essas situações, uma das formas é demonstrar compreensão, procurar entender a visão de mundo dela e as dificuldades da criança em expressar adequadamente seus sentimentos e pensamentos. Por outro lado, cabe aos pais aprender a controlar os próprios impulsos para que possam ajudar o filho.
Outro fator importante a ser ensinado à criança é o de lidar com a crítica. Esclarecer que a crítica não é o fim, mas um caminho para novas possibilidades e que existem críticas que são construtivas, ou seja, ajudam a evoluir como ser humano. Explicar que às vezes a crítica não é de caráter pessoal e que ela aparece em função de uma atitude ou comportamento. Após a crítica a criança deve avaliar e refletir sobre suas ações.
Percebe-se na prática clínica a dificuldade dos pais em encontrar equilíbrio na dinâmica educacional dos filhos recaindo, assim, na falta ou no excesso. Adotando a displicência ou o exagero nos limites, nas regras, no consumismo, entre outros. Saibam, pais, que os excessos sufocam e a falta gera desequilíbrio. A criança deve reagir a eventos de forma coerente, na mesma energia em que o evento instigar, também saber argumentar de forma racional e emocionalmente saudável.
Cabe salientar que não há uma receita, um único método de educar. Os itens aqui mencionados são apenas alguns dos aspectos relevantes no relacionamento entre pais e filhos, esclarecem determinadas responsabilidades atribuídas a quem educa crianças e contribuem significativamente tornando o desafio de formar pessoas íntegras menos complicado e angustiante. É importante lembrar que há profissionais, como o psicólogo, capacitado para auxiliar os pais neste processo de formação.