Depois de tranquilizar a população dizendo que no final de semana não teria paralisação no transporte coletivo, mas que na segunda-feira (17/02/20) essa possibilidade não estava descartada, um novo comunicado foi divulgado pelas redes sociais do Sindetranscol. Agora o sindicato que representa os trabalhadores da categoria voltou atrás e descartou qualquer nova paralisação.
A nota diz: “Apostando no diálogo e na expectativa de uma negociação justa e necessária, e acreditando que a empresa respeita seus trabalhadores e trabalhadoras e preza pelos usuários; o Sindetranscol informa a população de Blumenau, em especial os usuários do transporte coletivo, que não haverá paralisação nesta segunda-feira, 17 de fevereiro”.
Na sexta-feira (14), quando o sindicato anunciou uma paralisação de dia inteiro e todas as linhas, também houve mudanças. Apenas as linhas do Terminal Garcia ficaram paradas até o início da tarde. As outras funcionaram normalmente.
Como foram as negociações até agora?
Mas os trabalhadores continuam em estado de greve desde o dia 6 de fevereiro em decisão unânime tomada em assembleias. No fim de novembro, motoristas e cobradores aprovaram em assembleia os termos apresentados no TRT pelo desembargador Roberto Luiz Guglielmetto.
Segundo o acordo, seria aplicado um reajuste de 2,55% no salário e no vale-alimentação, que corresponde à inflação dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O aumento já foi repassado às folhas de pagamento.
Com isso, a categoria abriu mão dos 5% de aumento real reivindicados antes da negociação chegar ao tribunal. Em contrapartida, aceitou a proposta que previa a manutenção das cláusulas sociais da atual convenção coletiva de motoristas e cobradores e a implantação de um Plano de Participação nos Resultados (PPR). Apesar do benefício ser novo na região, ele já existe em Florianópolis, mas a proposta teria sido recusada pela Blumob.
Outro ponto em que há conflito é a mudança na nomenclatura de cobrador para agente de bordo. Desde o ano passado o sindicato pede que seja alterada a data-base de novembro para setembro.