Por *Moris Kohl
Nem todos sabem o que é o MVP, mas todos já passaram por situações críticas para lançar um produto ou serviço no mercado. Eu gosto de todas as etapas que envolvem planejamento, mas nem sempre é possível um modelo tradicional quando falamos em lançamento com recursos mínimos, tempo curto e testes aplicados pelo cliente.
A sigla em inglês de MVP é Minimum Viable Product, traduzindo para “produto mínimo viável”, conceito que nasceu em 2001 por Frank Robison, CEO norte-americano para o desenvolvimento de novos produtos no mercado. Anos depois ganhou força por Erick Ries no livro “The Lean Startup”, leitura indispensável das startups e empresas de tecnologia. No Brasil o livro “A Startup Enxuta” tornou-se best seller sendo um manual para startups disruptivas.
O conceito simplificado do MVP é um modelo de negócio funcional prático, para os clientes realizarem testes e feedbacks sobre o produto físico ou digital, seja softwares ou serviços.
Não é aplicado só para startups, mas para empreendedores em diversos segmentos e até grandes companhias globais nas suas verticais. A vantagem é que os lançamentos oficiais ou versões mais avançadas são realizados após testes e aderência no mercado pelos clientes.
Em suma, o MVP tem como objetivo viabilizar uma ideia através de testes e minimizar recursos para o lançamento de uma solução.
Exemplos da aplicação deu-se em gigantes como Facebook, criando um MVP dentro da Universidade de Harvard e Apple no seu iPhone 1 com recursos básicos. Ambos os exemplos foram disponibilizando novos recursos e atualizações dentro das demandas dos clientes ou futuros clientes.
Ninguém quer perder tempo em lançar um produto/serviço desperdiçando dinheiro, tempo e recursos humanos, daí o MVP pode ser a viabilidade que faltava para você colocar em prática um sonho e projeto.
Um exemplo simples, você resolve empreender e montar uma escola de idiomas, no modelo tradicional necessita de um plano de negócios com viabilidade financeira, técnica e pessoal para iniciar o negócio, até aluguel de espaço físico seja requerido. Ao invés de trilhar um caminho longo, você poderá fazer um MVP básico iniciando em sua casa, com suas redes de conexões abrindo oportunidades de apresentar seu método bonificado, atrativo e escalável, por meio de um canvas.
Carlos Wizard começou assim, da necessidade procurou a oportunidade de empreender, demitido da empresa que tinha como intenção seguir carreira viu um desafio, dar aulas de inglês em sua casa para complementar a renda e depois foi aperfeiçoando, hoje um empreendedor de sucesso reconhecido mundialmente.
Mencionei este exemplo da praticidade que ao invés de buscar o “perfeito”, busque o “feito” nisto o MVP poderá contribuir muito para tirar sonho a tornar real prático seja num produto ou serviço que atenderá a demanda.
Colocando o MVP em prática, será possível aplicar ideias em práticas, com vantagens como agilidade e custos reduzidos.
Neste Gestão em Foco, introduzi o MVP (Produto Mínimo Viável) de forma bem introdutória, sugiro você procurar conhecer mais do tema em suas aplicações e tipos de MVP.
Minha dica é comece faça o passo a passo e valide sua ideia e projeto, depois de amanhã você já perdeu mais um dia.
Até o próximo Gestão em Foco!
* Moris Kohl é gestor, professor, consultor empresarial e atual diretor de ciência, tecnologia e Inovação do Estado de Santa Catarina. Ex Secretário de Desenvolvimento Econômico de Blumenau, foi presidente do Colegiado de Secretários de Desenvolvimento Econômico da AMMVI. Sua experiência envolve trajetória em Instituições e Entidade Empresarial.