Texto e fotos de Heloísa Beckhauser (Helô)
Quem gosta de cerveja e é blumenauense – de nascimento, amor ou turismo – provavelmente já deve conhecer ou ter ouvido falar do Museu da Cerveja: uma charmosa construção enxaimel que já nos deixa apaixonados não só pelo tema em questão, mas também pelo ambiente histórico, que só no último mês de outubro recebeu mais de 11 mil visitantes.
Embora muitos acreditem que antigamente havia uma cervejaria no atual espaço do Museu, desculpa estragar a ideia, mas não. Ali era um restaurante. A informação de que era uma cervejaria passou perto – literalmente. Onde atualmente existe o restaurante Thapyoka, em frente ao Museu, era sim uma cervejaria. Mas isso é assunto para outro texto etílico.
Fundado então em 1996, o Museu atrai muitos turistas devido ao seu acervo. Uma exposição de latinhas antigas é um dos itens que você pode encontrar visitando o espaço.
Até há pouco tempo, era possível encontrar por lá, também, equipamentos da Cervejaria Feldmann, considerada a primeira cervejaria a criar receita, produzir e comercializar uma cerveja do estilo Bock. Porém, em abril deste ano, essas peças foram retiradas do Museu e realocadas na Vila Itoupava, em um espaço da própria cervejaria.
Ainda assim, com apoios como da Cervejaria Brahma, alguns equipamentos antigos seguem disponíveis no local, e cá entre nós, é de cair o queixo como faziam cerveja antigamente… Haja vontade! (Não julgo, inclusive agradeço!)
Peças como uma balança analítica, microscópio, sistema de laboratório, bureta, termômetro para aferição de tacho de mostura, umidificador de malte moído, colorímetro, entre tantos outros equipamentos são encontrados por lá. Todos eles muito bem preservados, em caixas de vidro, e completamente autoexplicativos, com placas de descrição bastante relevantes, apresentadas em português e inglês (pra que não vem do Brasil, meninas).
Além disso, há também um espaço destinado às cervejarias participantes do Vale da Cerveja.
Abrigando parte da história da Oktoberfest também, no Museu é possível encontrar os trajes da realeza de algumas edições da festa e um aparador com todas as canecas oficiais das 36 edições.
Para colecionadores de copo como eu, é necessária a presença do segurança do local por perto para manter a compostura! São lindos! Também estão no acervo os cartazes oficiais das edições anteriores da Oktober e a chopeira oficial e chopeira do camarote da primeira edição da festa, lá em 1984.
No espaço também tem uma sala com TV, onde exibem no início da visita, um vídeo que fala sobre a história da cerveja e seu processo de fabricação. É bastante interessante!
Com detalhes voltados à produção, também podemos encontrar artes nas paredes que contam parte desta história e alguns dos ingredientes indispensáveis para uma cerveja ser cerveja: malte e lúpulo.
Por fim, mas não menos importante, o selo que nos enche de orgulho e dá vontade de colocar na porta de casa.
Aquele, de 2017… Quando Blumenau foi reconhecida e nomeada como a Capital Brasileira da Cerveja. Sobre o selo: as cores preto, vermelho e amarelo, representam a bandeira da Alemanha. A informação de 1860, remete ao ano de registro da primeira cervejaria da cidade. O desenho ao meio, traz em seus traços detalhes da ponte de ferro, a construção enxaimel, e os tonéis de fermentação.
Com a ideia de tornar o Museu um centro de exposições itinerantes, há a possibilidade de tornar o espaço ainda mais interessante. Mas, desde já, montado com muito carinho e repleto de boas histórias.
Agradeço imensamente a Samantha Zimmermann, Coordenadora do Museu, pelo acompanhamento e atenção à minha visita.
Ainda não conhece o Museu? Corre pra lá, piá, que o espaço está lindo! Ele fica na Praça Hercílio Luz (Biergarten) em frente ao Restaurante Thapyoka. É gratuito, e abre todos os dias: de segunda a sexta das 10 às 17h e aos sábados, domingos e feriados, das 10 às 16h. Aproveite a visita, tire muitas fotos, veja se têm capivaras às margens do rio, e curta a Capital Brasileira da Cerveja com tudo o que ela tem para te proporcionar.
E, claro! Se for dirigir não beba! Mas se for beber, me chama 🙂
PROSIT!