Uma mulher investigada por perseguição (stalking), difamação, injúria e ameaça contra um casal foi presa preventivamente após descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça. A prisão foi determinada pelo Juízo da Vara Regional de Garantias de Balneário Camboriú, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), e cumprida na manhã de segunda-feira (3/2), em Itajaí.
Segundo a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itapema, a mulher foi notificada no dia 7 de janeiro sobre restrições que a proibiam de se aproximar das vítimas, manter contato por qualquer meio e mencioná-las em redes sociais. No entanto, mesmo ciente das determinações, ela teria feito publicações com referências vexatórias e ameaçadoras ao casal, anexando, inclusive, uma cópia da decisão judicial que impôs as medidas cautelares. Além disso, a investigada teria enviado dezenas de mensagens via correio eletrônico a uma das vítimas.
De acordo com a promotora Ariane Bulla Jaquier, a mulher perseguia uma das vítimas há cerca de cinco anos, desde que realizou uma consulta odontológica em seu consultório. A partir desse episódio, passou a idealizar um relacionamento fictício e a segui-lo de diferentes formas. Quando o homem iniciou um relacionamento amoroso, sua companheira também se tornou alvo de ataques, sendo citada em mensagens e postagens difamatórias. A investigada teria chegado a comparecer clandestinamente à residência e ao local de trabalho do casal.
Na representação enviada ao Judiciário, o MPSC destacou que, mesmo após a imposição das medidas cautelares, a investigada persistiu com o comportamento criminoso, demonstrando desrespeito às determinações da Justiça. “São incontáveis os prejuízos sofridos pelas vítimas em razão das ações da investigada, que utiliza perfis virtuais para disseminar mensagens ofensivas e criminosas. Sem falar das vezes que procurou fisicamente as vítimas. Considerando que já foram decretadas medidas diversas da prisão e que não foram respeitadas, não há outra solução senão a prisão”, afirmou a promotora.
Diante da gravidade do caso e da reincidência da investigada, a Justiça acatou o pedido do MPSC e decretou a prisão preventiva, com o objetivo de preservar a ordem pública e garantir a segurança das vítimas. Além disso, determinou que a empresa Facebook removesse a publicação em que a mulher divulgou a decisão judicial que estabelecia as medidas restritivas contra ela.
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