Quem mora às margens do ribeirão Garcia, pode constatar uma cena preocupante nesta terça-feira (29/10/19), ao constatar vários peixes mortos. Um dos moradores do bairro é o ativista e presidente da ONG Amigos da Natureza, João Luiz Muniz.
Os peixes são de tamanhos pequenos e médios, que boiavam próximo da margem. Ele logo lembrou de um episódio que aconteceu em 2015, quando o mesmo aconteceu em função de um acidente na ETA 3, a estação de tratamento de água que abastece a região. “O SAMAE foi multado em R$ 50 mil na época por crime ambiental e obrigada a recolocar 30 mil peixes. Para fazer o tratamento da água, é utilizado cal líquido que não polui o rio, mas tira o oxigênio.”, explica. Ele acredita que houve vazamento do químico. “Na época a ONG recolocou 20 mil piavas e 10 mil jundiás no ribeirão”.
A Secretaria Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS), através da assessoria de imprensa, disse que acompanha o caso e acredita que tenha sido por conta da turbidez da água, provocada pelas chuvas recentes. “De qualquer maneira os fiscais estão averiguando as condições da água pra verificar se houve contaminação, além de manter o monitoramento da área nas próximas semanas”, termina a nota.
Para que a turbidez da água seja responsável pela falta de oxigênio, teria que haver muito acúmulo de material orgânico. Isso acaba gerando gases sulfurosos que poderia acabar matando peixes. João acredita que o número de animais mortos pode ser ainda maior, porque existem certos poços onde a água é parada.
