Morre Glória Maria, referência do telejornalismo no Brasil

Na Globo desde 1971, a carioca foi a primeira repórter a entrar ao vivo e, em cores, no Jornal Nacional.

Foto: TV Globo

O jornalismo perdeu uma referência. Morreu aos 73 anos nesta quinta-feira (2/02/23), Glória Maria (Matta da Silva), que enfrentava um câncer de pulmão desde 2019. No entanto, a causa da morte não foi oficialmente divulgada. Ela deixa as filhas Maria, de 15 anos, e Laura, de 14, adotadas em 2009.

A jornalista nascida no Rio de Janeiro (RJ) foi a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional e esteve em mais de 100 países, além de protagonizar momentos históricos. Será que o pai Cosme Braga da Silva e a mãe Edna Alves Matta, imaginariam que a filha fosse chegar tão longe na carreira que escolheu?

Glória estudou em colégios públicos e sempre se destacou. Não é à toa que se deu bem em outros países, porque além da simpatia e competência, desde cedo teve facilidade em aprender inglês, francês, latim; além de vencer todos os concursos de redação da escola.

Quando estudava na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), dividia o tempo com o emprego de telefonista da Embratel. Mas o seu talento ficou mais visível para todo Brasil a partir de 1971, quando teve a oportunidade de entrar na TV Globo.

Naquela época não era tão comum os jornalistas aparecerem no vídeo e ela cobriu o desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. A partir de 1986, Glória Maria passou a integrar a equipe do Fantástico, programa que apresentou entre 1998 e 2007.

As suas matérias especiais se destacavam principalmente pelas viagens a lugares exóticos. Entre as celebridades que entrevistou, estão desde Michael Jackson, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo Di Caprio e Madonna.

Até 2023, ela apresentava o Globo Repórter junto com a jornalista Sandra Annenberg. Elas assumiram o lugar de Sérgio Chapelin em setembro de 2019, que se aposentou após 23 anos no programa.