Na madrugada deste domingo (13), o empresário Eggon João da Silva, de 85 anos, deu seus últimos suspiros de vida. Santa Catarina perde um dos ícones de sua economia, já que ele fundou em 1961, na cidade de Jaraguá do Sul com outros 2 sócios, a WEG, considerada a maior fabricante de motores da América Latina e uma das principais do mundo. A unidade fabril de Blumenau, existe desde 1981, no bairro Itoupava Central, que conta com mais de 1280 colaboradores.
O empresário lutava há alguns anos contra o Mal de Parkinson e segundo nota divulgada, sua morte foi em decorrência de causas naturais. Ele está sendo velado na Associação Recreativa WEG (Arweg) e será sepultado às 16h30min deste domingo (13) no Cemitério Municipal, localizado no Centro de Jaraguá do Sul.
A Forbes, revista norte americana de negócios colocou ele e seus sócios nas lista dos homens mais ricos do mundo. Juntos, Werner Voigt, Eggon da Silva e Diether Werninghaus acumulavam a fortuna de R$ 20,32 bilhões, conforme a revista.
Um pequeno histórico de sua trajetória
“Quando faltam máquinas, você as pode comprar; se não tiver dinheiro, pode pegar emprestado; mas homens você não pode comprar ou pedir emprestado, e homens motivados são a base do êxito.” – Eggon João da Silva.
Em 2009, foi lançado “Eggon João da Silva – Ideias e Caminhos: Trajetória de um dos fundadores da Weg”. O livro que conta a sua trajetória foi escrita por Sônia Diegues e Léo Bruno. O industrial nasceu em 17 de outubro de 1929 na cidade Schroeder, que na época pertencia a Jaraguá do Sul. Começou a trabalhar aos 13 anos, em um cartório em Jaraguá do Sul fazendo de tudo. Depois de trabalhar 14 anos no principal banco do Estado, ele abriu sociedade na João Wiest & Cia. Ltda., uma firma especializada na produção de canos de escape para veículos. A empresa com apenas 8 funcionários, já tinha 150 funcionários, quando Eggon a deixa para fundar em abril de 1961, a WEG, que produzia motores elétricos.
Até o ano de 1989, ele participava diretamente das decisões diárias que envolviam a empresa. Em 2007, deixa também o Conselho de Administração da WEG, que é assumida por Décio da Silva, filho mais velho. Em Santa Catarina, também esteve por trás da gestão de grandes empresas, como a presidência da Perdigão, além de participar dos conselhos das empresas Oxford, Tigre e Marisol.