Nos últimos dias, o ritmo na Escola de Samba Mocidade Unidos do Salto do Norte está acelerado para o desfile do próximo domingo, dia 2 de março (2025). A única escola de samba de Blumenau promete surpreender o público com carros alegóricos e fantasias que ainda são mantidos em segredo.
O evento começará com a concentração às 14h em frente ao Mercado Garcia, e o desfile tomará conta da Rua Johann Sachse a partir das 15h30. Para garantir a fluidez do trânsito, a Guarda Municipal de Trânsito fará o controle do fluxo no sistema “siga e pare”.
Com cerca de 300 integrantes, a escola trará quatro alas: Baianas, Fritz e Frida e a das crianças. Uma novidade deste ano é a presença de um trio elétrico, que promete dar ainda mais energia ao desfile.
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Djimmy Mocidade: a história do fundador da única escola de samba de Blumenau
Quando Djimmy Mocidade chegou a Blumenau, encontrou uma cidade marcada pelas tradições germânicas, onde o samba parecia não ter espaço. Mas isso não o impediu de sonhar. Frequentando um bar no bairro Salto do Norte, entre conversas com amigos, nasceu a ideia de criar uma escola de samba. Em 2003, o projeto começou a tomar forma, e três anos depois, a Mocidade Unidos do Bairro Salto do Norte desfilava pela primeira vez, com cerca de 60 integrantes.
Desde então, Djimmy se tornou a alma da escola. Ele não apenas compôs todos os sambas-enredo da agremiação, como também ajudou a moldar sua identidade. Aos poucos, o grupo cresceu, conquistando apoio de moradores e apaixonados pelo ritmo. Mas a trajetória de Djime não foi isenta de desafios.
Em 2012, ele começou a perder a visão devido ao glaucoma, um problema que se agravou com o tempo. Mesmo diante dessa limitação, sua conexão com a música permaneceu inabalável. “Eu perdi a visão, mas não perdi o ouvido”, afirma, destacando que ainda consegue perceber nuances nos ensaios e orientar os músicos sobre ajustes necessários.
Hoje, Djime segue firme no propósito de manter viva a tradição do samba em Blumenau. Ao lado de sua diretoria e de tantos amigos que se uniram à escola ao longo dos anos, ele vê sua criação crescer e inspirar novas gerações. Como ele mesmo diz: “O brasão da escola é uma mão branca segurando uma mão preta. Isso simboliza união, e é isso que queremos manter para o futuro”.
Em 2024, fizemos uma entrevista em que conta um pouco de sua história.