O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) iniciou a Operação Escola Segura na quinta-feira (6/04/23), com o objetivo de combater ataques nas escolas em todo o país. As principais regiões brasileiras contarão com a participação de delegacias contra crimes cibernéticos, que trabalharão de maneira alinhada com as estratégias do MJSP.
Para o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, a integração entre as forças de segurança estaduais e o MJSP é fundamental para combater essa onda de criminalidade no ambiente escolar. Alencar afirmou que “numa questão como essa, que comove o país, nós temos que dar as mãos, juntar esforços, temos que reunir uma energia muito grande porque vem a indignação, vem a comoção, mas vem a nossa responsabilidade de fazer esse enfrentamento”.
Além disso, as autoridades da área de segurança pública destacam a necessidade de ampliar o diálogo com as plataformas responsáveis pelas redes sociais em atuação no Brasil. A cooperação entre todos os atores envolvidos será fundamental para prevenir e reagir aos casos de violência nas escolas, bem como para identificar pessoas que incentivem ataques.
Uma reunião com representantes das redes sociais está prevista para a próxima segunda-feira (10), com o objetivo de alinhar um protocolo de ação. Segundo especialistas em segurança pública, muitos jovens são recrutados por essas redes, que se tornaram uma espécie de “vitrine” para grupos extremistas que impulsionam discurso de ódio.
Outro ponto importante é o papel da mídia na divulgação desses tipos de casos. As recomendações do MJSP vão no sentido de não divulgar os nomes dos autores, nem quaisquer tipos de imagens, vídeos ou símbolos que os identifiquem, sob nenhuma hipótese. Essa medida visa prevenir o chamado “efeito contágio”, que pode desencadear outros ataques ou eventos semelhantes em um curto período e em uma área geográfica próxima.
Como parte das ações do Ministério da Justiça para combater a violência, a pasta deve investir R$ 150 milhões no apoio às rondas escolares ou ações similares. Autorizada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, essa medida será realizada por meio de um edital que será divulgado já na próxima semana. Os recursos serão provenientes do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e serão ofertados aos estados e municípios, que detêm a competência constitucional para fazer o patrulhamento ostensivo.