O fechamento de postos de trabalho começa a perder folego no Brasil. Com o ganho de confiança entre famílias e empresários, gradualmente investimentos saem do papel e o País dá os primeiros passos para voltar a gerar emprego e renda.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) já refletem as mudanças no cenário econômico e mostram que houve uma desaceleração no total de desligamentos. Essa melhora é possível ser observada tanto no mês quanto no acumulado de 12 meses.
Quando se compara julho com igual mês do ano passado, houve uma desaceleração de 40% no saldo de demissões – enquanto em 2015 foram fechados 157,9 mil postos, neste ano o número foi menor, 94,7 mil.
Apesar do número ainda negativo, o Ministério do Trabalho e o governo em exercício tem atuado para reverter o quadro de desemprego no País.
Medidas para recuperar a economia, a exemplo da que cria um teto para a expansão dos gastos públicos, podem resgatar a capacidade de crescimento do Brasil.
Recuperação do mercado de trabalho
Essa tendência de melhora do mercado de trabalho também pode ser observada quando se mede o saldo de desligamentos acumulados em 12 meses. Em março de 2016, pior momento para o emprego, 1,85 milhão de pessoas haviam sido demitidas nos 12 meses anteriores.
Agora, depois de se observar os primeiros resultados de medidas econômicas, esse saldo recuou para 1,70 milhão – uma melhora de 8,1% em quatro meses.
“Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre”, ponderou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Melhora a confiança do consumidor
Com essa melhora do mercado de trabalho, somado a um cenário mais favorável para o custo de vida e a um maior otimismo com a própria renda, a confiança do consumidor voltou a crescer em agosto.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), houve um avanço de 0,8% frente a julho e de 3,1% comparado a agosto de 2015.
Essa maior confiança entre os consumidores também gerou impactos positivos entre os comerciantes – em 12 de 13 ramos observados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) foi registrado aumento do otimismo.
Investimentos no Brasil
Esse ciclo de acontecimentos positivos tem influenciado ainda a taxa de investimentos da economia, que depois de oito trimestres em queda voltou a crescer.
Um indicador desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que tenta prever esse resultado, registrou crescimento de 0,38% no segundo trimestre do ano.
A taxa de investimento da economia, chamada de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), é um dos componentes do Produto Interno Bruto (PIB). Quando ela aumenta, também avança o potencial de crescimento do País.
Fonte: Portal Brasil