Mais de 80 fotos para você dar uma espiadinha no primeiro dia da Feira da Amizade

 

 

 

Por Claus Jensen, com fotos de Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]

Na noite desta sexta-feira (7/06/19) fomos conhecer a 31ª Feira da Amizade que abriu oficialmente às 19h, no Parque Vila Germânica, em Blumenau. Servidores públicos em greve chamaram a atenção com cartazes e esperavam a chegada do prefeito, que acabou indo mais tarde. Pena, protestos tem seu lugar e hora certa.

Cristiane Marta Loureiro, do Pró-Família abriu o evento que é gratuito e coordenado pela entidade. Neste sábado (8) está sendo servida a tradicional feijoada (R$ 30), enquanto no almoço de domingo (9) terá polenta com galinha (R$ 25). As atrações já puderam ser conferidas a partir das 10h, com encerramento às 22h (sábado) e 19h (domingo). Além de várias atrações culturais, é possível adquirir diversos produtos artesanais e provar as opções gastronômicas.

A novidade neste ano é o buffet de sopas, que servido nas noites de sexta e sábado ao valor de R$ 20. Na noite de hoje (8) serão servidos os sabores de canja, carne com legumes e macarrão, caldo verde e creme de quatro queijos.

Nesta edição são cerca de 270 expositores. O setor 1 será destinado à alimentação, enquanto o setor 2 contará com o trabalho dos artesãos, divulgação de serviços e os Clubes de Mães. Já no setor 3, será o local para os brechós e a área de lazer infantil.

 

 

 

Os Clubes de Mães são presença marcante e conversamos com duas coordenadoras. Uma delas é a Maria de Lurdes Dias, que participa com seu grupo na Feira da Amizade pela quarta vez. No estande delas é possível encontrar colchas, fronhas, travesseiros, guardanapos, cheirinhos de bebê, entre outros. Ela coordena há mais de 20 anos o Clube de Mães da Rua Ruy Barbosa, no bairro Progresso, que conta com dez participantes e trabalham no formato de cooperativa. O local onde elas se reúnem fica no porão da Capela São Cristóvão, onde produzem cerca de 10 fronhas por semana.

Todo dinheiro obtido com as vendas nos eventos e na comunidade, é dividido em novembro entre as participantes. O material usado para confeccionar as peças é comprado com os valores arrecadados. Mas não é usado só para isso, elas também ajudam pessoas necessitadas ou carentes. Maria disse que o mais importante nesse clube são as amizades, a troca de ideias e até o compartilhamento de problemas.

 

 

 

Edna da Silva é coordenadora do “Clube de Mães Arte que Encanta”, que se reúne todas as terças-feiras na casa dela, localizada na Rua Júlio Michel, no bairro Fortaleza. As seis participantes fazem seus trabalhos manuais para o grupo e também vendem individualmente para obter uma renda. São desde porta-celulares, panos para cozinha, bolsas, a maioria confeccionadas nesses encontros. O clube já participa da Feira da Amizade há seis anos e o evento sempre tem um bom retorno financeiro.

 

 

 

Danilo Edemar Pereira, de 27 anos, da Serena Flores de Madeira, veio de Balneário Camboriú expor seus produtos. As flores são cuidadosamente feitas de madeira vime reflorestada. É uma solução ecológica para as de plástico, já que se decompõe no meio ambiente. Danilo disse que produz em torno de 150 rosas de vime por dia com o auxílio de um funcionário.

 

 

A ideia surgiu há três anos quando viu essas flores em um shopping de sua cidade. Danilo ficou tão apaixonado pela proposta que comprou e deu algumas para sua tia que faz arranjos natalinos. O empreendedor trabalhava com seu tio, e depois de um ano, precisou cuidar do pai doente, quando acabou saindo do emprego. Danilo precisava achar uma alternativa de renda e começou a confeccionar as rosas de vime.

É a terceira vez que a Serena participa da Feira da Amizade em Blumenau. Mas já expôs seus produtos em outras feiras do Brasil, como por exemplo em Aracajú (SE), Belém (PA), Maceió (AL), Feira de Santa e Salvador (BA), etc.

 

 

 

Um grupo que se destaca é o Naninhas do Bem, um projeto que existe em todo país. Em Blumenau ele surgiu há dois anos através de Carla Provesi Baroni, que passou por um câncer de mama e sentiu a necessidade de fazer algo em agradecimento à cura da doença.

 

 

“As Naninhas tem o objetivo de levar carinho e amor para as crianças com câncer. Nós nos reunimos uma vez por semana e a cada quinze dias levamos as Naninhas para o Hospital Santo Antônio, onde também são distribuídas para adultos. Levamos para asilos e creches”, disse Sandra Hornburg, uma das participantes.

Para cada Naninha que vendem, conseguem doar oito, já que o lucro dessa venda é usado para comprar o material para confeccioná-las. O dinheiro dos insumos também vem por  doações. Uma vez por semana, as voluntárias se reúnem na casa de uma delas, onde estão as máquinas de costura e são confeccionados os produtos. Algumas costuram, outras fazem a montagem.