Mães aos 30: programas empresariais acompanham evolução da maternidade nas últimas décadas

Bruna e Vicente

Por Camila Tibes

Sonia tem 51 anos e Bruna, 31. Em um primeiro momento pode parecer que essas duas mulheres não tem muita coisa em comum, mas a maternidade liga uma a outra. Elas tiveram filhos aos 30 anos e a diferença de duas décadas que separam as gestações mostra que a responsabilidade e os cuidados seguem iguais, mesmo que muitas coisas tenham mudado durante esse meio tempo. Uma delas é o apoio das empresas, cada vez mais acompanhando a tendência de mulheres que aliam a gravidez com a vida profissional, oferecendo programas especiais para que as futuras mamães estejam preparadas com a chegada de um bebê.

 

Bruna e Vicente
Bruna e Vicente

 

Bruna Brandes Klein viveu a gestação nesta mudança de visão, onde a mulher consegue, sim, aliar todos os seus compromissos. Na era da tecnologia e, com muita informação à disposição, a diretora de Desenvolvimento de Produto da Brandili continuou com todas as atividades normais no trabalho e na academia, fez fisioterapia pré-parto e acompanhamento nutricional. A gestação foi planejada e muito esperada. “Foi um momento em que eu estava numa situação de vida e relacionamento estável. Um filho chegaria pra trazer uma nova rotina, um novo momento, com novos sonhos. Profissionalmente também estava com uma equipe estruturada e em uma empresa onde teria o apoio para poder me afastar nos primeiros seis meses, o que foi muito importante para a amamentação exclusiva”, comenta.

 

Sonia, Andressa e André

 

Hoje, os filhos de Sônia, André e Andressa, já são adultos, mas há 20 anos as coisas eram bem diferentes. A Secretária Executiva da Brandili ficou surpresa quando descobriu a segunda gravidez, seis anos após a primeira, e envolvia muita gente para conseguir trabalhar e dar a atenção necessária à recém-nascida. “No primeiro ano, período de amamentação, a levava comigo e a deixava na casa da minha amiga, próximo à empresa. Depois, ela ficava na parte da manhã em casa com um babá e a tarde em uma creche, próximo a minha casa. No fim, tudo ocorria normalmente porque havia muita parceria com o meu esposo”, recorda.

Atualmente, Sonia e Bruna integram o quadro de 530 colaboradoras mamães da Brandili Têxtil. Muitas usufruem do programa “Mãe Amor” desde 2014. Com ele, as futuras mamães recebem atenção especial da empresa como cursos para gestantes, licença-maternidade estendida até os seis meses do bebê e auxílio creche ou babá até os três anos de idade. Para Sônia, programas como o “Mãe Amor” são essenciais para trazer apoio na gestação e no pós-parto. “A mãe continua sendo a gestora principal do lar, mas precisa de apoio tanto da família quanto da empresa nesse período”, reforça.

O filho de Bruna, Vicente, está crescendo feliz em meio a essa adequação empresarial, pois apesar dos compromissos, os benefícios da Brandili contribuem para que ela mantenha uma rotina como mamãe. “Nós tomamos café da manhã juntos, depois na hora do almoço, pego meu filho com a babá para leva-lo à escola e no fim do dia vamos para casa e nos curtimos. Consigo acompanhar o desenvolvimento dele e vejo que essa mudança de ambientes faz ele crescer como uma criança flexível e adaptável”, explica Bruna.