Leite doado em Blumenau já ajudou mais de 600 bebês prematuros em 2025

Banco de Leite Humano homenageará mães doadoras e reforça como cada gota faz a diferença na recuperação dos recém-nascidos.

Foto: Michele Lamin [PMB]

Um gesto silencioso, feito dentro de casa, por mulheres que muitas vezes nem conhecem os bebês que vão ajudar. É assim que o Banco de Leite Humano (BLH) de Blumenau tem transformado a vida de centenas de famílias. Só nos primeiros quatro meses de 2025, 170 mães doaram, juntas, 573 litros de leite materno — o suficiente para beneficiar 621 bebês prematuros internados em hospitais de Blumenau e de Brusque.

Referência para todo o Médio Vale do Itajaí, o serviço da Secretaria Municipal de Promoção da Saúde (Semus) vai além da doação. Em funcionamento há 26 anos, o BLH acolhe, orienta e acompanha mulheres em um dos momentos mais intensos da maternidade: o início da amamentação. De janeiro a abril, mais de 1,5 mil mães buscaram apoio na estrutura, que conta com enfermeiras, pediatra, psicóloga, odontopediatra, farmacêutica, técnicas de enfermagem e equipe administrativa.

Na próxima segunda-feira (19/05), às 9h, esse gesto de solidariedade será retribuído com um café especial. A homenagem será feita na sala 12 do Centro de Saúde Rosânia Pereira Machado, na Rua 2 de Setembro, no bairro Itoupava Norte, e vai reunir as doadoras de 2025. “O encontro é uma forma de agradecer a essas mulheres extraordinárias, cujo amor materno ultrapassa os próprios lares e fortalece o futuro da nossa cidade”, destaca o secretário de Promoção da Saúde, Douglas Rafael.

Para a mulher que deseja doar, o processo é simples. Basta entrar em contato com o Banco de Leite, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, ou pelo WhatsApp (47) 3381-7570. Após o cadastro, a equipe agenda uma visita à casa da doadora. Leva os frascos esterilizados, toucas, máscaras e, mais do que isso, leva orientação e apoio.

A coordenadora do espaço, Cristiana Menezes, explica que o leite doado passa por um rigoroso controle de qualidade antes de chegar aos bebês. “Ele carrega nutrientes, anticorpos e uma carga emocional imensa. É vida em forma de cuidado. E o mais bonito: quanto mais a mulher doa, mais leite o corpo produz”, destaca.

Segundo o Ministério da Saúde, podem doar mulheres que estejam saudáveis, que não fumem ou façam uso de álcool, drogas ou medicamentos que interfiram na amamentação, e que apresentem exames pré e pós-natais compatíveis com a doação. Cada frasco entregue é uma ponte entre duas mães — uma que doa, outra que espera — e um bebê que luta para crescer forte, dia após dia.


 

 


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