No início desta última semana de setembro, nós passamos para ver como estão as obras de revitalização da Prainha. Mas como já foi divulgado, estava tudo parado. Foi o resultado da decisão liminar emitida pelo Tribunal de Justiça que acatou em parte um pedido da prefeitura que questiona a qualificação técnica da Obramaster, empresa contratada para a obra.
Com isso a revitalização foi suspensa até que os desembargadores avaliem o mérito da questão e a prefeitura não pode contratar outra empresa enquanto durar o impasse. O prazo para finalizar a obra era de 10 meses, mas pelo jeito um espaço tão nobre de Blumenau, que durante anos foi cartão postal da cidade, vai aguardar.
E assim, mais uma obra fica parada depois de ser reiniciada, e o pior, o acesso está totalmente fechado para a comunidade. Chegamos até lá, sem querer, quando um de nossos colaboradores passeava com uma embarcação pelo Rio Itajaí-Açu, e decidiu parar para fotografar de perto os ipês e ver o andamento da obra.
Foi uma sensação muito estranha ver tudo abandonado, inclusive a parte da concha acústica. Quando buscamos ângulos de cima, percebemos que o local não estava aberto ao público, nem havia vigilante para impedir a entrada. No entanto a prefeitura assegurou que faz a roçada e a praça não está abandonada. Também é triste ver a situação do Vapor Blumenau, que há anos atrás foi recuperado, era uma atração turística, mas teve várias peças furtadas e foi se deteriorando.
A obra de revitalização custará R$ 3,97 milhões, com recurso específico para a área repassado pelo Ministério do Turismo. O projeto contempla a restauração da concha acústica, implantação de bicicletários e nova mobília, mirantes voltados ao Rio Itajaí-Açu, pista de caminhada e investimentos em paisagismo, além de outras coisas. Se ficar pronto, vai dar vontade de passear no domingo.
