José Mauro Coelho pediu demissão da presidência da Petrobras, sendo o terceiro executivo a comandar a estatal no governo do Presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela estatal nesta segunda-feira (20/06/22).
Ele estava no cargo desde abril e não resistiu à pressão após mais um reajuste no preço de combustíveis. Coelho foi o segundo presidente a ter o menor período de gestão na estatal desde o fim da ditadura militar.
“A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora”, disse a companhia em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O primeiro a assumir o comando da Petrobras no governo Bolsonaro foi o economista Roberto Castello Branco, indicado logo após as eleições de 2018. Nomeado em janeiro do ano seguinte, ele foi demitido em fevereiro de 2021 pelo presidente pelo mesmo motivo: insatisfação com os reajustes nos preços de combustíveis.
O general Joaquim Silva e Luna tomou posse na presidência da Petrobras em abril do mesmo ano. Depois de ficar 343 dias no cargo, o militar foi demitido em 2022 por ter seguido a lógica de mercado para definição dos preços.
Após a saída de Silva e Luna, o governo chegou a indicar os nomes do economista Adriano Pires e do empresário Rodolfo Landim para assumir o comando da estatal, no entanto, ambos informaram que não poderiam assumir os postos. O constante aumento dos combustíveis prejudica não só a população e a economia, mas o próprio projeto de reeleição de Jair Bolsonaro